sexta-feira, 12 de abril de 2013

TASTEVIN



Batizei de VALOR o post que editei quando comemorei meus sessenta anos de vida. Nele fiz constar apenas fotos de familiares e amigos. Entendo que nossa maior fortuna é aquela que se conquista no território das relações mais íntimas.

Sou grato por ter poucos, mas amigos de alto valor.

Há quase três décadas nos deparamos com um casal. Vimos sua filha nascer, crescer, formar-se em diversos estágios. Ela já foi personagem de um dos meus posts. Alice, filha de Roger e Lizete.

Assim também e por força desse convívio nos deparamos com Dona Ismênia, hoje vivendo o tempo dos sábios e da temperança. Outros amigos vieram desta extensão.

Ligia, filha de Dona Ismênia e irmã de Lizete, entrou para o rol desses amigos queridos. Casada com Sérgio, que pesa dois metros de altura por um de diâmetro, é outro que se misturou conosco.

Há ainda outra filha de Dona Ismênia, Leusa com quem, por força de circunstâncias não convivemos tanto, mas nutrimos a maior admiração. Ela já foi até entrevistada no Programa do Jô. É fera nas Letras.

Dona Ismênia, Ligia e Sérgio moram em Campinas. No final de março Ligia fez aniversário, completou pouco mais de vinte e pouco menos do que sessenta anos de idade. Veio com Sérgio para Belo Horizonte, trazendo Dona Ismênia.

Passaram a tarde em nosso apartamento, Dona Ismênia, Ligia e Lizete se deliciando com a prosa entre elas e a poesia que estava também presente: Noninha.

À noite fomos convidados por Ligia para comemorar seu aniversário em um restaurante. A fortuna reside aqui. Além dos já citados estávamos apenas eu, Ela e RIJ. A distinção comunica.

Ligia fez com que eu me sentasse ao lado de Dona Ismênia, dizendo: “Fique ao lado de sua paixão”. E foi assim.

Piadas apimentadíssimas de RIJ  fizeram quase corar Dona Ismênia. Política, religião, filhos, trabalho rolou de um tudo na noite. Um momento, porém, merece registro.

Ligia tomou conta da cena, abriu-se leve, lenta, intensa e profunda para nos trazer questões que a mim deram a sensação, mais do que prazerosa, de me sentir reconhecido como verdadeiro amigo. A ninguém se faz confidências daquela ordem: somente aos que merecem confiança.

Em email, que recebi ontem, Ligia me nomeia como irmão de alma: "Afinal o carinho com Dona Ismênia legitima-o no parentesco".

Pois é, é assim. Minha catarse, meu dizer, minha indignação, meu olhar e minha poesia têm musas. De um lado Noninha que me remete ao futuro, de outro, Dona Ismênia que me faz valorar o vivido com a resposta que me deu à pergunta: "Qual foi o dia mais feliz de sua vida"?"O dia em que me formei para professora".

Desde daquele dia, Dona Ismênia professa parte de minha alegria.

 


Até breve.

5 comentários:

  1. vc me emociona !! sinto que dei o maior presente para minhas irmãs ...ter vc como meu irmão !!bjos,liz

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  2. fiquei comovida com o post e mais feliz ainda por saber que Liz, Roger e Alice sao tão bem acolhidos por vocês. mas ter dedicado palavras bonitas assim pra minha mãe me lembrou um provérbio: beija meus filhos, adoça minha boca. neste caso, beijou a mami. Obrigada.

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  3. Lindo o texto. Dona Ismenia é realmente uma pessoa especial.

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  4. O que mais dizer, quando todos falam pelo seu coração... o que mais pedir, quando alguém lhe dá o que todos os dias você pede à Deus ...que bom viver para saber de tudo isso !!! beijos, Lígia

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  5. TIO.. VOCE É UM POETA... PARABENS...

    KARLA

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