sexta-feira, 11 de agosto de 2023

VERA

 


Feitas as contas, ainda que com resultante inexata, achei que deveria trazer à post. Post à prova.

Meu dizer é tão chocho, descredidente que, mais um menos um, não fecharia em nada. Outro dia tava dizendo disso aqui. Por conta de Kundera. Nada.

Pois é.

É que, com quem compartilho a Vida há quase cinquenta anos, enveredou-se por estas searas shakespearianas, desde criancinha.

É que Pretinha, também, há décadas, visita charlatã, pseudocientista, mesmo eu tendo, há décadas, vindo dizendo a ela que eu não posso ser tão rico a ponto de tê-la afetado tanto.

Hoje ambas pregam peças em seus consultórios. Consultórios? Não serão, esconderijos à Lei?

O Pai da Coisa, da Peste, não formulou em microscópio. É Obra Literária, não Tratado.

Um de seus adeptos, lacanizou enunciados de linha. Vai estudá-lo a fundo procevê. Eu num recomendo. E o pior, não cura nada.

Poetas mal resolvidos. Ou mau?

Supunhetemos que a Psicanálise não seja, à luz microscópica, Ciência. Assim mesmo, com “C” maiúsculo.

Este (ou será esse?) discurso cabe interpretação.

Aos adeptos, a sessão está encerrada.

Voltem na próxima semana.



sexta-feira, 4 de agosto de 2023

ONDA

 


Todos com 23 anos ou mais de idade devem considerar-se privilegiados.

Cruzamos uma década, um século, um milênio. Somente daqui a 977 anos, se houver ainda, a espécie experimentará novamente viver essa “virada”.

Pois é.

Como diz Tin: “Nada a ver.”, quando algo não tem tanta importância.

Ocorre que, contrariando meu netinho, eu acho que deveríamos dar alguma atenção.

Há evidências imensas, variadas e contundentes que, se não estamos no limiar, estamos próximos de ter que fazer escolhas fundamentais para o futuro que queremos como espécie.

Clima, distribuição da riqueza, migração e emigração, geopolítica, energia, água e, sobretudo, relações.

Neste último campo somos primatas, quase. Basta acompanhar o cotidiano noticiado, ou olhar para o lado. Ou para si.

Algumas relações, quase sempre, sobrevivem em circunstâncias dramáticas ou por conveniências toleráveis.

Das quase cem guerras declaradas espalhadas pelo mundo, uma com potencial nuclear, daquele casal ali, daquela família, daquela equipe, condomínio, cidadãos, de mim e de você. De nós. Todos.

Na onda que temos surfado não vamos mais precisar de inteligência cognitiva embarcada em neurônios. “Inteligência” estará à nossa disposição nas nuvens, por um clic, uma voz, uma íris, um calor de alguma parte do corpo.

Tudo será possível saber e obter com acessibilidade, portabilidade e instantaneidade.

Menos como viver com o outro.

“Nada a ver, vovô.”