quinta-feira, 31 de julho de 2014

REVIVAL



“Diante da estupidez cega que circula por aí, apresenta sabedoria entusiasta. Diante da falsidade e da superficialidade, apresenta expressões verdadeiras e fundamentadas. Diante das intrigas, apresenta comportamentos vinculados à retidão. Diante da variabilidade e instabilidade das opiniões superficiais, ocupa uma posição definida. Diante do desequilíbrio, apresenta equilíbrio. Porém, o mais importante de tudo é compreenderes que para executares o necessário equilíbrio terás de suportar a oscilação constante, pois, como poderias equilibrar o jogo sem jogá-lo? No início essa oscilação te parecerá insuportável e não saberás o que fazer, mas com o andar do tempo as oscilações serão suaves, não haverá notas estridentes nem cores violentas, assim como tampouco preocupações estapafúrdias.”

Deixe-me dizer de uma vez por todas. Eu não quero mais ser o que os astros dizem que eu sou, posso vir a ser, ou mesmo estou perdendo a grande oportunidade de ser ou de parecer ser.

Diabos, quem disse que retidão é modo de vida, se a vida é escrita por linhas tortas. Veja a última letra da última palavra antes do último ponto final. Sinuosa e torta.

De onde vem a ideia de equilíbrio se o estado de alegria é, de fundo, uma puta catarse.

Eu, de mim, tô enfarado dos astros e das ideias marotas de “assim é melhor que seja”, com esta vírgula, este sapato combinando com a camisa, o cinto, o jeito de pegar nos talheres, de cumprimentar a celebridade, da educação social em atravessar portadores de necessidades especiais em cruzamentos.

Basta sim olhar com as lentes, mesmo as mais tênues, que caos é o sentido da ordem, não fosse assim a vida afinal faria sentido. Mas, não, portanto.

Hoje, diante de um tudo, a única coisa que me consta é a loucura da infância de meus netos. Absolutamente alienados, estrangeiros em um mundo não sabido. Ali sim há uma vida compensatória e instigante. Sem pareceres e conformidades, absolutamente caótico e possível.

Na medida em que vamos e, pior, vamos sempre “crescendo” construímos ou reconstruímos o que está aí, com os mesmos contornos tortos e disformes e de tal monta com tal gravidade que a alegria, deixa de ser uma catarse, para ser um alívio.

No fundo e de fato, já de alguns posts prá cá, talvez do primeiro para cá, demonstro meu enfado com isto aí, isso aí, seja lá o que seja. Todo dia há um esgotamento da realidade, ou supostamente o que aparenta ser o que se passa.

Dizem que é vã, e é mesmo, a indignação. E é também petulante aquele que apenas denuncia ou convida ao outro à reflexão, como se com isto pudesse se salvar. Aquele que passa o tempo, como eu tenho passado, esgotando-se em gritos e sussurros, deveria tomar juízo e fazer algo que pudesse sim mudar o estado de coisas.

Pois é o que vou fazer e agora. Mergulhar na vida dos meus netinhos e usufruir da única época em que verdadeiramente pudemos ser felizes.




Até breve.

terça-feira, 29 de julho de 2014

ESTILO



Afinal um primeiro lugar no ranking mundial.

No total foram 1,49 milhão de cirurgias estéticas no ano passado no Brasil, quase 13% do total mundial. Nos EUA o total chegou a 1,45 milhão, contra 486 mil no México que ocupa um distante terceiro lugar.

Sei que vocês já imaginam que eu vou descer a lenha.

Não, num vou não. Eu mesmo já estiquei sobre os olhos e fiquei muito mais parecido comigo do que já era. Ela também já andou puxando daqui e dali.

Então por que postar a partir deste assunto? Porque é a única informação verdadeiramente nova que encontrei nos principais jornais de hoje. As demais dizem respeito à balanços de perdas e escombros, cifras malditas da endêmica corrupção e intrigas das celebridades da TV.

Tá bom, há matérias sobre política e economia. Leiam as de quatro ou oito anos atrás, são as mesmas.

No plano internacional idem, idem com a mesma data. Ontem foi pelos ares a usina que abastecia 2/3 da energia consumida na Faixa de Gaza. Nada de novo, massacres usuais e de rotina.

Futebol: há comentários de que o Cruzeiro é o único time que está traindo o jeito brasileiro de jogar, está imitando os europeus e que, por isto, não merece o primeiro lugar disparado no Brasileirão. Esse negócio de fazer muitos gols e tomar poucos é prá time de gringo.

Dunga dará um jeito nisso. Vai que é tua!

Fernanda Montenegro, até ela, diz que vai ter beijo gay na novela. Fábio Porchat e uma outra "atriz de ocasião" tocam Tudo pela Audiência. Curtura.

Sem Rubem Alves, sem Suassuna, sem Ubaldo.

Vamos caindo de sete, mas sem perder a belezura.



Até breve.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

TELONA



Resolvi listar alguns dos filmes que já assisti e deles fazer escolha daqueles que mais me marcaram. A quem interessar possa:

À QUEIMA ROUPA
A UM PASSO DA ETERNIDADE
ABRE LOS HOJOS
ACOSSADO
ADEUS, LÊNIN
ADEUS MENINOS
ADEUS MINHA CONCUBINA
AGUIRRE, A CÓLERA DOS DEUSES
ALÉM DA LINHA VERMELHA
ALIEN, O OITAVO PASSAGEIRO
ALMAS GÊMEAS
ALPHAVILLE
AMADEUS
OS AMANTES DA PONTE NEUF
AMARCORD
AMARELO MANGA
AMARGO PESADELO
AMNÉSIA
AMOR
AMOR À FLOR DA PELE
AMOR À QUEIMA ROUPA
AMORES BRUTOS
AMORES EXPRESSOS
APENAS UMA VEZ
AKIRA
APOCALIPSE NOW
ARGO
ASAS DO DESEJO
ASSASSINOS POR NATUREZA
ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE
UM ASSUNTO DE MULHERES
ATRAÇÃO FATAL
ATRAVÉS DAS OLIVEIRAS
O AUTO DA COMPADECIDA
UMA AVENTURA NA ÁFRICA
AZUL É A COR MAIS QUENTE
BABEL
BAGDA CAFÉ
A BALADA DE NARAYAMA
BARAKA
BASTARDOS INGLÓRIOS
O BEBÊ DE ROSEMARY
O BEIJO DA MULHER ARANHA
A BELA DA TARDE
A BELA INTRIGANTE
BELEZA AMERICANA
BEN HUR
BETTY BLUE
BICHO DE SETE CABEÇAS
BLADE RUNNER, O CAÇADOR DE ANDRÓIDES
BLOW UP, DEPOIS DAQUELE BEIJO
BODAS DE SANGUE
BOM DIA, VIETNÃ
BONNIE E CLYDE: UMA RAJADA DE BALAS
OS BONS COMPANHEIROS
BOOGIE NIGHTS
BRILHO ETERNO DE UMA MENTE SEM LEMBRANÇAS
OS BRUTOS TAMBÉM AMAM
A BRUXA DE BLAIR
AS BRUXAS DE SALEM
BUTCH CASSIDY
BYE BYE BRAZIL
CABARET
CABO DO MEDO
CABRA MARCADO PARA MORRER
CAÇADORES DA ARCA PERDIDA
CAÇA-FANTASMAS
CACHÉ
CÃES DE ALUGUEL
A CAIXA DE PANDORA
O CAMINHO PARA CASA 
O CAMPO DOS SONHOS
CARLOT JOAQUINA, PRINCESA DO BRASIL
CARNE TRÊMULA
CARRUAGENS DE FOGO
CARTAS DE IWO JIMA
O CARTEIRO E O POETA
CASA DE AREIA E NÉVOA
CASABLANCA
O CASAMENTO DE MURIEL
CASSINO
CENAS DE UM CASAMENTO
CENTRAL DO BRASIL
AS CHAVES DA CASA
O CHEIRO DA PAPAYA VERDE
CHINATOWN
CIDADÃO KANE
CIDADE DE DEUS
UMA CILADA PARA ROGER RABBIT
CINEMA PARADISO
CISNE NEGRO
CLAMOR DO SEXO
A CLASSE OPERÁRIA VAI AO PARAÍSO
CLOSE-UP
CLOSER - PERTO DEMAIS
O CLUBE DA FELICIDADE E DA SORTE
CLUBE DA LUTA
COISAS BELAS E SUJAS
COMER, BEBER, VIVER
O CONCERTO
CONDUZINDO MISS DAISY
CONFIANÇA
CONFLITO DAS ÁGUAS
UM CONTO DE NATAL
CONTRA A PAREDE
A COR PÚRPURA
CORAÇÃO SELVAGEM
CORAÇÃO LOUCO
CORAÇÃO VALENTE
CORAÇÕES E MENTES
UM CORPO QUE CAI
CORPOS ARDENTES
CORRA LOLA, CORRA
O COZINHEIRO, O LADRÃO, SUA MULHER E O AMANTE
COVA RASA
CRASH
CREPÚSCULO DOS DEUSES
CRÍA CUERVOS
O CRIME DO PADRE AMARO
CRIMES E PECADOS
O CURIOSO CASO DE BENJAMIM BUTTON
DANÇA COM LOBOS
DANÇANDO NO ESCURO
DANTON, O PROCESSO DA REVOLUÇÃO
DAUNBAILÓ
DE VOLTA AO FUTURO
O DECÁLOGO
DECLÍNIO DO IMPÉRIO AMERICANO
DEIXE ELA ENTRAR
DELICADA RELAÇÃO
DELICATESSEN
DEPOIS DE HORAS
DERSU UZALA
DESAPARECIDO
DESEJO E REPARAÇÃO
DESPEDIDA EM LAS VEGAS
DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL
OS DEZ MANDAMENTOS
UM DIA DE CÃO
UM DIA MUITO ESPECIAL
DIABÓLICAS
DIAMANTE DE SANGUE
DIÁRIOS DE MOTOCICLETA
O DISCRETO CHARME DA BURGUESIA
O DISCURSO DO REI
DJANGO LIVRE
O GRANDE DITADOR
A DOCE VIDA
DOGVILLE
DÓLAR FURADO
DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS
DONNIE BRASCO
DOUTOR JIVAGO
DOZE HOMENS E UMA SENTENÇA
DRÁCULA
DRAGÃO VERMELHO
A DUPLA VIDA DE VERONIQUE
DURO DE MATAR
E O VENTO LEVOU
A ESCOLHA DE SOFIA
ESTADO DE SÍTIO
E. T. O EXTRATERRESTRE
O ECLIPSE
EDWARD MÃOS DE TESOURA
EDUCAÇÃO
O EFEITO BORBLETA
ELA
ELAS
ELES NÃO USAM BLACK TIE
EMBALOS DE SÁBADO À NOITE
A ENCANTADORA DE BALEIAS
ENCONTROS E DESENCONTROS
ENCOURAÇADO POTEMKIN
ENSINA-ME A VIVER
ENTRANDO NUMA FRIA
ENTRE DOIS AMORES
ENTRE OS MUROS DA ESCOLA
A ERA DO RÁDIO
ERA UMA VEZ NA AMÉRICA
ERA UMA VEZ NO OESTE
ESCAFANDRO E A BORBOLETA
ESPOSAMANTE
O EXPRESSO DA MEIA-NOITE
ESTAMIRA
ESTAMOS TODOS BEM
ESTE OBSCURO OBJETO DO DESEJO
UM ESTRANHO NO NINHO
O FABULOSO DESTINO DE AMÉLIE POULAIN
FAÇA A COISA CERTA
FAHRENHEIT 9/11
FALE COM ELA
FANNY E ALEXANDER
FANTASIA
O FANTASMA DA ÓPERA
A FANTÁSTICA FÁBRICA DE CHOCOLATE
FARGO
FEITIÇO DO TEMPO
FELLINI 8 ½
FELIZ ANO VELHO
A FESTA DE BABETE
FILADÉLFIA
FILHOS DA NATUREZA
FILHOS DO PARAÍSO
OS FILHOS DO SILÊNCIO
FITZCARRALDO
A FLOR DO MEU SEGREDO
FLORES RARAS
FLORES PARTIDAS
FOGO CONTRA FOGO
FORREST GUMP – O CONTADOR DE HISTÓRIAS
O FRANCO ATIRADOR
A FRATERNIDADE É VERMELHA
O FUGITIVO
GANDHI
O GANGSTER
O GAROTO DE BICICLETA
GAROTOS DE PROGRAMA
GÊMEOS, MÓRBIDA SEMELHANÇA
GENTE COMO A GENTE
GERAÇÃO ROUBADA
GILDA
GLADIADOR
GOLPE DE MESTRE
GOSTO DE CEREJA
GRAN TORINO
GRAVIDADE
GRITOS DO SILÊNCIO
GRITOS E SUSSURROS
GUERRA NAS ESTRELAS
HANNAH ARENDT
HANNAH E SUAS IRMÃS
HARRY E SALLY – FEITOS UMA PARA O OUTRO
HENRIQUE V
OS IMORAIS
HIROSHIMA MEU AMOR
A HISTÓRIA OFICIAL
A HISTÓRIA REAL
HOMBRE
O HOMEM ELEFANTE
O HOMEM QUE AMAVA AS MULHERES
UM HOMEM CHAMADO CAVALO
UM HOMEM E UMA MULHER
HOMENS LIVRES
HONRA DO PODEROSO PRIZZI
AS HORAS
A IGUALDADE É BRANCA
ILHA DAS FLORES
OS IMPERDOÁVEIS
O IMPÉRIO DOS SENTIDOS
IMPÉRIO DO SOL
IMPÉRIO DOS SONHOS
OS INDOMÁVEIS
INFÂNCIA ROUBADA
INFIEL
OS INFILTRADOS
O INIMIGO PÚBLICO
UM INSTANTE DE INOCÊNCIA
OS INTOCÁVEIS
INTOCÁVEIS
A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO SER
AS INVASÕES BÁRBARAS
IRINA PALM
IRREVERSÍVEL
JANELA INDISCRETA
O JARDINEIRO FIEL
JEAN DE FLORETTE
JFK – A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR
O JOGADOR
JOGOS, TRAPAÇAS E DOIS CANOS FUMEGANTES
JULES E JIM – UMA MULHER PARA DOIS
JULIETA DOS ESPÍRITOS
JUNO
JUVENTUDE TRANSVIADA
KES
KILL-BILL
KLUTE – O PASSADO CONDENA
KOLYA, UMA LIÇÃO DE AMOR
KOYAANISQATSI
KRAMER X KRAMER
LAÇOS DE TERNURA
LADRÕES DE BICICLETA
LÁGRIMAS AMARGAS DE PETRA VON KANT
LANTERNAS VERMELHAS
LARANJA MECÂNICA
LAVOURA ARCAICA
O LEOPARDO
A LIBERDADE É AZUL
LIÇÕES DE HARMONIA
LIGAÇÕES PERIGOSAS
LILI MARLENE
LINCOLN
LINDA DEMAIS PARA VOCÊ
UMA LINDA MULHER
A LISTA DE SCHINDLER
O LIVRO DE CABECEIRA
LOLITA
LOS ANGELES – CIDADE PROIBIDA
LÚCIA E O SEXO
UM LUGAR CHAMADO NOTTING HILL
LUZES DA CIDADE
MÁ EDUCAÇÃO
MASH
MACUNAÍMA
MAD MAX
MAGNÓLIA
MANDELLAY
MANHATTAN
MAR ADENTRO
A MARCA DA PANTERA
MEU MARIDO DE BATOM
O MARIDO DA CABELEREIRA
MARIDOS E ESPOSAS
O MATADOR
MATCH POINT - PONTO FINAL
MATRIX
MEDITERRANÉE
MEMÓRIAS DO CÁRCERE
MEPHISTO
METROPÓLIS
MEU ÓDIO SERÁ SUA HERANÇA
MEU PÉ ESQUERDO
O MESTRE
MILLENIUM - OS HOMENS QUE NÃO AMAVAM AS MULHERES
MISSISSIPI EM CHAMAS
MORANGO E CHOCOLATE
MORANGOS SILVESTRES
O MORRO DOS VENTOS UIVANTES
A MOSCA
MOULIN ROUGE
MUITO ALÉM DO JARDIM
MUITO BARULHO POR NADA
A MULHER E O ATIRADOR DE FACAS
MULHERES À BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS
MUNDO CÃO
UM MUNDO PERFEITO
NA NATUREZA SELVAGEM
NÃO AMARÁS
NÃO MATARÁS
NASCE UMA ESTRELA
NASHIVILLE
NENHUM A MENOS
NINFOMANÍACA
NO CALOR DA NOITE
NÓ NA GARGANTA
A NOITE AMERICANA
A NOITE DE SÃO LOURENÇO
NOIVO NEURÓTICO, NOIVA NERVOSA
O NOME DA ROSA
NOS BASTIDORES DA NOTÍCIA
NOSFERATU: O VAMPIRO DA NOITE
NOSTALGIA
NOVE RAINHAS
A NOVIÇA REBELDE
NUNCA TE VI, SEMPRE TE AMEI
OLD BOY
OLHOS NEGROS
ONDE OS FRACOS NÃO TEM VEZ
OPERAÇÃO DRAÇÃO
OPERAÇÃO FRANÇA
ORFEU
ORGULHO E PRECONCEITO
O PACIENTE INGLÊS
O PAGADOR DE PROMESSAS
PAI PATRÃO
PAISAGEM NA NEBLINA
A PAIXÃO DE CRISTO
PAPILLON
PARIS, TEXAS
A PARTIDA
PASSAGEM PARA A ÍNDIA
OS PÁSSAROS
UM PEIXE CHAMADO WANDA
PEIXE GRANDE E SUAS HISTÓRIAS MARAVILHOSAS
PEQUENO GRANDE HOMEM
PELOS MEUS OLHOS
PERDIDOS NA NOITE
PERFUME DE MULHER
PERSONA
PI
PIAF – UM HINO AO AMOR
O PIANISTA
O PIANO
PINA
PIXOTE
O PLANETA DOS MACACOS
PLATOON
O PODER DA SEDUÇÃO
O PODEROSO CHEFÃO
A POEIRA DO TEMPO
POLTERGEIST
A PONTE DO RIO KWAI
POR UM PUNHADO DE DÓLARES
O PREÇO DE UM HOMEM
PRIMAVERA, VERÃO, OUTONO, INVERNO E... PRIMAVERA
A PRIMEIRA NOITE DE UM HOMEM
PRISCILLA A RAINHA DO DESERTO
O PROFESSOR ALOPRADO
O PROFISSIONAL
PSICOSE
PULP-FICTION – TEMPO DE VIOLÊNCIA
QUANDO PAPAI SAIU EM VIAGEM DE NEGÓCIOS
O QUE VOCÊ FARIA?
O QUARTO DO FILHO
UM QUARTO EM ROMA
QUATRO CASAMENTOS E UM FUNERAL
A QUEDA – AS ÚLTIMAS HORAS DE HITLER
QUERO SER JOHN MALKOVICH
RAIN MAN
A RAINHA MARGOT
RAPSÓDIA EM AGOSTO
RAY
RAZÃO E SENSIBILIDADE
RECURSOS HUMANOS
A REDE DE INTRIGAS
RÉQUIEN PARA UM SONHO
O RESGATE DO SOLDADO RYAN
RETRATOS DA VIDA
A ROSA PÚRPURA DO CAIRO
ROSAS SELVAGENS
SACCO E VANZETTI
SANGUE NEGRO
SATYRICON
SCARFACE
O SEGREDO DE BROKEBACK MOUNTAIN
O SEGREDO DE TEUS OLHOS
SEGREDOS E MENTIRAS
SEM DESTINO
A SEPARAÇÃO
SÉRPICO
SÉTIMO SELO
SEVEN – OS SETE PECADOS CAPITAIS
SEXO, MENTIRAS E VIDEO-TAPE
O SEXTO SENTIDO
SHAME
SHINE – BRILHANTE
SHOAH
SHORT CUTS – CENAS DA VIDA
O SILÊNCIO DO LAGO
O SILÊNCIO DOS INOCENTES
UMA SIMPLES FORMALIDADE
SNATCH - PORCOS E DIAMANTES
SOB A PELE
SOB O DOMÍNIO DO MEDO
SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS
O SOM AO REDOR
UM SONHO DE LIBERDADE
OS SONHADORES
SPARTACUS
O TAMBOR
TANGO
TAXI DRIVER
TEMPO DE DESPERTAR
TEMPOS MODERNOS
TEOREMA
TERRA EM TRANSE
A TESTEMUNHA
THELMA E LOUISE
O TIGRE E O DRAGÃO
TITANIC
TODOS OS HOMENS DO PRESIDENTE
TOMATES VERDES FRITOS
TOOTSIE
TOURO INDOMÁVEL
TRAFFIC
TRAÍDOS PELO DESEJO
TRAINSPOTTING
TUDO SOBRE MINHA MÃE
O TURISTA ACIDENTAL
O ÚLTIMO IMPERADOR
O ÚLTIMO DOS MOICANOS
OS ÚLTIMOS PASSOS DE UM HOMEM
ÚLTIMO TANGO EM PARIS
VALENTIN
VELUDO AZUL
VEM DANÇAR COMIGO
VESTÍGIOS DO DIA
A VIAGEM DE CHIHIRO
VICKY CRISTINA BARCELONA
A VIDA É BELA
A VIDA EM PRETO E BRANCO
A VIDA DOS OUTROS
A VIDA SECRETA DAS PALAVRAS
VIDAS SECAS
A VINGANÇA DE MANON
OS VINGADORES
OS VIVOS E OS MORTOS
O VIOLINO VERMELHO
VOLVER
Z
ZELIG
21 GRAMAS
2046.

Desta lista aleatória continuo com os meus preferidos: Cinema Paradiso, Era uma vez na América e O Carteiro e o Poeta.

Até breve.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

TRISTEZA



Fosse meu coração um país decretaria luto oficial por cem dias.

Dias trágicos para a alegria, para o gosto pela vida, para o olhar esperançoso e, ao mesmo tempo, mordaz e iluminante.

O pior do tempo é que nos levam aqueles que, para nós, são os indispensáveis. É claro que no futuro todos nós morreremos, mas alguns não deveriam ir antes que nós próprios pudéssemos estar melhor preparados para essas perdas.

“Dizem que todas as pessoas têm um lado bonito. Então acho que eu sou um círculo.”

“Não me preocupo muito em ter ou não ter uma posição como artista. Literatura para mim não é mercado. É a minha festa, é onde eu me realizo. Digo sempre: arte é missão, vocação e festa. Não me venham com essa história de mercado.”

Agora Ariano Suassuna.

Outro dia, Zuca.

Rubem Alves.

João Ubaldo Ribeiro.




Até breve

terça-feira, 22 de julho de 2014

BUSCA



Vou dizer agora o que eu acho disso tudo. Nada. Eu já não acho nada mais disso tudo. Agora, por que eu não vou dizer nada disso tudo? Por nada. Não há nada que me impeça de dizer algo sobre isso tudo. Nada.

Então para que eu continuo a escrever quase diariamente sobre isto tudo? Por nada. Escrever e nada dá em nada. Desse em alguma coisa seria. Mas, quase sempre dá em nada.

Eu mesmo já pensei em parar e não escrever nada. Só que concluí que, escrevendo ou não, não aconteceria nada. Nada por nada continua nada. Nada escrito pelo menos ocupa mesmo que o nada.

Acho que reside aqui a questão: nada comove, implica, sugere. Então eu posso investir na escritura de um livro plagiando o francês: O Nada de Ser, ou seria, O Ser de Nada ou ainda, Ser o de Nada.

O Nada de Ser contemplaria personagens que não estão nem aí prá nada. “Tô pouco me lixando para o que me passa. A vida para mim nunca vez nenhum sentido mesmo, nós somos um projeto escroto que acaba carniça. Num vale nenhuma pena esquentar a cuca com nada.”

O Ser de Nada contemplaria personagens que não aceitariam ser. “Taí, eu não tenho compromisso com nada desse mundo. Eu quero mesmo é que se exploda. Do jeito que vier eu toco, pode ser qualquer parada que eu traço. Camaleão, vira-folha, traíra, eu tô pouco me cagando.”

Ser o de Nada contemplaria personagens que são e aceitam ser de nada. “Num conta comigo não, sem essa de me pedir que tome a atitude, vai por mim, quebra o meu galho, eu nunca dei conta de nada, minha criação me fez assim, a vida sempre me negou, nunca tive nada.”

Ser mesmo não cabe mais texto, até porque vai dar em nada. Uma época movia massas, lembra do Livro Vermelho de Mao? O Capital, do Karl? Ideologia na veia que produzia.

Ou será mesmo insustentável essa leveza?

Ou será algo para alguns que deixam a vida para perguntar da Vida, mesmo sabendo que não encontrarão tudo. E voltarão ao nada.

Ou será mesmo insustentável essa leveza?

Ou será que o que preenche é mesmo o nada, vazio maior, para que caibam tantos que ser no nada seja mesmo inesgotável, insaciável, inenarrável.

Ou será mesmo insustentável essa leveza?

De Ser.

Mesmo que Nada.



Até breve.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

DESCOBRIMENTO



Em 1947, Thor Heyerdahl, acompanhado de mais cinco tripulantes, saiu em expedição para percorrer o Oceano Pacífico em jangada feita por ele mesmo. O objetivo da viagem foi provar que os polinésios vieram da América do Sul.

Essa é a sinopse do filme que assisti ontem, A Expedição Kon Tiki.

Kon-Tiki foi o nome do barco utilizado pelo explorador norueguês Thor Heyerdahl (1914-2002), em sua expedição pelo Oceano Pacífico, partindo da América do Sul para a Polinésia, em 1947, com o intuito de demonstrar a possibilidade de que a colonização da Polinésia tinha sido realizada por via marítima por indígenas (ou nativos) da América do Sul. O nome do barco foi homenagem ao deus do sol inca, Viracocha, o qual era também chamado de "Kon-Tiki" pelos habitantes da Polinésia.

Heyerdahl defendia a tese de que os povos da América do Sul poderiam ter alcançado a Polinésia em tempos pré-colombianos. Seu objetivo foi demonstrar a possibilidade de que a colonização da Polinésia tinha sido realizada por via marítima da América do Sul, em jangadas idênticas ao barco utilizado durante a expedição, e conduzido apenas pelas marés, correntes e força do vento, que é quase constante, na direção leste-oeste ao longo do Equador.

O filme trata da obstinação de Thor, a ponto de abandonar mulher e dois filhos em prol de seu projeto. Com sérias dificuldades para viabilizar o financiamento e encontrar pessoas que topassem com ele a “aventura” de passar cento e um dias a deriva em pleno oceano, o explorador consegue realizar a façanha.

Os indígenas (ou nativos) da América do Sul, Peru, fizeram a rota 1500 antes de Thor e ele quis seguir o mesmo planejamento e cruzar o oceano em uma embarcação e recursos técnicos idênticos. Assim construiu a jangada e partiu para uma viagem de 101 dias percorrendo mais de 8.000 quilômetros em alto mar.

Não é um filme hollywoodiano, com extraordinários efeitos técnicos e pirotecnias. Nem é tanto a aventura que comunica, pelo menos, a mim.

O que me agradou em ter assistido foi o fato de: primeiro, a motivação do norueguês e, segundo, a possibilidade de reflexão decorrente pela sua conduta na liderança do projeto.

Thor não aceitou nenhuma condição diferente daquelas que os indígenas encontravam há 1500 anos, quando fizeram a travessia. A jangada foi construída com toras de madeira, bambus e cordas, que a certa altura da viagem começaram a encharcar e trazer pânico à tripulação.

A liderança do comandante em passar os 101 dias sem exercer nenhuma influência sobre a rota da embarcação, repetindo como os indígenas a viagem a deriva, tendo como foco permanente a meta de por força das correntes marítimas chegar á Polinésia.

Thor contrariou todo o princípio da gestão de riscos: nenhum planejamento, nenhuma tecnologia embarcada, recursos humanos despreparados e com sérios problemas pessoais.

Quem sabe as lideranças do nosso país não estão se inspirando no norueguês e nosso destino são os indicadores de uma Suíça, por exemplo? Calariam de vez a todos nós, os céticos e descrentes.

Ah, Thor não sabia nadar.




Até breve.