sexta-feira, 24 de outubro de 2014

VOTO



Depois do post de ontem fica difícil dizer qualquer coisa. Mesmo quando não se tem preocupação com o que pensam do que escrevo. Agora que ficou difícil postar ficou, até mesmo um conto, um poema, uma ficção qualquer.

Será verdade ou uma deslavada mentira?

Enviei mensagem via WhatsApp para diletos amigos pedindo para que lessem o post e, especialmente de uma amiga recebi como resposta um texto emblemático. A mensagem que enviei foi: “Leia, por favor, o post de hoje. Abraço. Agulhô”. A resposta que recebi foi: “Tenho lido todos. Verdade!!!”

Acho que vou me arrepender de ter escrito ATENÇÃO.

Desde que retornei de viagem tenho me dedicado a acompanhar o processo eleitoral. Assisti praticamente a, se não a maioria, mas a boa parte dos programas televisivos de ambos os candidatos. Assisti a todos os debates e li diferentes articulistas de tendências contrárias. Com interesse e isenção, buscando entender as razões de um e de outro candidato em suas abordagens e tentando fazer uma assepsia da competente e delicada performance  dos marqueteiros.

Confesso que gravitei entre três posições: não votar, votar nulo ou votar em um dos candidatos. Ops, é possível mais alguma? E conclui que as razões que me levaram a optar pelo voto em um dos candidatos são as mesmas que me inclinavam a anular o voto ou mesmo não comparecer à Seção Eleitoral.

Por que não votarei em Dilma?

Por duas razões: primeiro porque ela, assim como seu mentor, se omite vergonhosamente na questão dos saques ao erário e a segunda, não menos importante, porque para ela há que se fazer um governo privilegiando as questões sociais.

Olho Dilma e olho o seu mentor e não consigo vê-los como artífices da bandalha, nem mesmo suponho que soma da partilha vá para os bolsos da ex-revolucionária ou para os bolsos do ex-sindicalista. A questão para mim, não é apenas se são corruptos. A questão crucial me parece, é que, enquanto ocupantes do maior posto de autoridade da República, a única atitude que não poderiam se furtar era e é, exatamente, a enérgica ação para em tempo breve exigir a apuração dos fatos e, de forma exemplar, cobrar do Poder Judiciário a mesma atitude. Deriva desta omissão parte de nossa endêmica deformação de caráter.

A perspectiva de forte apelo popular de que o governo Dilma será orientado aos menos favorecidos é uma tolice sem medida, já que o país hoje, pela sua magnitude geográfica, pelas suas extensas e imensas riquezas inclusive as naturais, por tudo o que somos, nos constituímos como peça importante no desenho da geopolítica internacional.

A opção populista é hoje um equívoco demoníaco com graves consequências para o futuro do país. O Brasil pode, deve e terá que pensar e agir como um grande parceiro internacional, fazendo alianças e viabilizando contratos de intercâmbios culturais, econômicos, tecnológicos e científicos com as maiores nações do Planeta.

Continuar trabalhando sobre os efeitos (pobreza, violência e todas as mazelas propagadas em campanha) é perder a grande chance histórica de ir às causas. Falta sim ao país uma Liderança altiva, competente, capaz de construir um plano de emergência que dê conta das questões domésticas, mas que, sobretudo, seja capaz de ir ao mundo e buscar parceiros solidários para que, restaurando a confiança em nossas instituições, estejam dispostos a trazer investimentos que alavanquem o gigante dopado durante tantos anos.

Aécio propõe isto e, se não o conseguir, pelo menos toca naquilo que me parece ser o nervo da questão essencial: como o país se organizará para fazer face ao futuro que já está às nossas portas?

Os recursos para fazer frente ao projeto de uma nova Nação são vultosos, muito maiores dos que nossas reservas atuais e eventualmente aquelas que com o maior esforço conseguirmos amealhar. Vamos precisar de crédito externo e só o obteremos com demonstração de competência e honradez no cumprimento de contratos.

O povo não precisa temer pela extinção do Bolsa-Família, o povo precisa conscientizar-se da força extraordinária que temos enquanto país, sempre e quando tivermos a chance de sermos governados por estadistas e não por cidadãos supostamente orientados por um discurso que, na essência, só o avilta.

Domingo voto em Aécio. Caso ele vença as eleições a história cobrará se são verdadeiros ou mentirosos os seus propósitos. Caso ele perca ou se forem falsos os seus compromissos, não sei se teremos nova chance.

O mundo não nos esperará por mais uma década.



Até breve.

2 comentários:

  1. Também pelos nossos netos.
    Tereza

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  2. Como sua amiga tb leio todos,mas este foi esclarecedor.Já votaria no Aécio,.mas agora depois deste post , estou convicta que, no momento,é o melhor.

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