quinta-feira, 25 de abril de 2013

TOQUE



Recebi crítica verbal a respeito de meus posts.


Quem criticou disse que nunca sabe quando estou falando sério ou não. Isto me fez pensar sobre um telefonema que recebi esta semana de meu irmão, dois anos mais velho do que eu, me perguntando: "Que história é esta de ciúme?" GUERRA

Outro me pediu que fosse mais polido nos textos, argumentando que eu tenho "elementos linguísticos" para tal.

Outro, ainda, sugeriu que eu editasse apenas um post por semana, mais denso e trazendo observações de um período maior, portanto não repetindo temas.

Já outro pediu que eu não escrevesse nada e me limitasse a postar fotos de Noninha, amiguinhos e seguranças dela.

Um outro me pediu que eu falasse só do meu tempo de infância. Os textos agora, que versam sobre a atualidade, estão de amargar.

Uma única pessoa aplaudiu sem reservas meus posts. Ela nunca os leu, mas disse que todos nós devemos fazer o que gostamos, independentemente se os outros gostem ou não.

Agora a crítica que eu curti mais foi de uma pessoa com quem me encontrei hoje no aeroporto. Ela foi minha aluna em curso de Pós e disse que, quando soube do dasletra, ela correu para acessá-lo.
No entanto, para a sua surpresa parecia que o autor era outra pessoa e não aquela com quem ela teria convivido em salas de aula.

- Você está muito amargurado, Agulhô! - me disse, com um olhar de compaixão.

- Não é para estar?

- Você me parecia um cara sempre prá cima...

- De quem?

- Ora, não brinca. Você sabe do que estou falando...

- Eu sei, mas repete que eu vou gostar.

- Você passou prá todos nós uma puta vontade de ir prá frente, de se preparar melhor, de acreditar no nosso taco, de enfrentar com tudo o que vier...

- Foi mesmo?

- Claro!

- Era eu mesmo?

- Agulhô, larga de ser bobo!

Toda vez que ouço essa palavra gosto. Desde pequeno fiz opção pela alegria. Sempre achei que falar sério era para o desencanto, para a desesperança ou para o embuste. Os adultos falam sério. Quero olhar com os olhos do menino ainda que me assuste, que me indigne, que me rebele.

Quero olhar com os olhos de menino. Atento, interessado, engajado, comprometido, energizado. 



E deixar para os adultos as críticas.



Até breve.

Um comentário:

  1. por mim gosto da variação dos temas , e na maioria consigo entende-los , ou simplismente , faço alhar de criança quando peida , sem nenhum constrangimento. A vida foi feita para ser vivida e não discutida .
    Parabens e continue publicando diariamente , pois me ajuda na minha caminhada na esteira .

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