quarta-feira, 4 de abril de 2012

AMAR


Tenho sido procurado por mais de um interessado em patrocinar o meu blog. Há outros que me pedem para publicar em seus jornais e/ou revistas semanais meus textos escolhidos segundo os seus critérios.

Convidam-me para discorrer sobre temas variados em programas de redes de TV de educação e cultura. Querem que eu compareça em sarau de contos e poesias.

Sou chamado à celebridade.

Ontem mesmo recebi um telefonema. O homem apresentou-se como um mecenas, querendo saber se eu não gostaria de fazer uma coletânea revisada e adaptada dos meus posts. Ele está disposto a financiar a publicação em livro, bem como a divulgação e distribuição.

Mas o assédio recente de que mais gostei foi o do leitor anônimo que publicou comentário na edição de PRALAVRA, o post do último domingo. Disse ele, em seu comentário:
- “E agora, José? Esta palavra, tão falada, adentra à sua lavra. Espero ansioso pelo resultado, pois não se trata de um tema fácil.”

É claro que a notoriedade deve ser muito interessante, portanto, se fossem verdadeiras, eu iria examinar cada uma das propostas (inventadas na introdução deste post) com muito carinho.

É de todo provável que alguns (muitos) se propõem à fama e tudo o que ela acarreta, envolve e decorre. Há também aqueles (poucos) que obram e se satisfazem. Drummond, mesmo, de quem é a pergunta no comentário do leitor anônimo, poetou e não quis academia. Inúmeros passaram a ser depois de terem ido.

Deste ‘objeto’, no fundo, acho que abdico.

Então, qualé?

Todos sabem que ao longo de quarenta e três anos, completados no dia de hoje, sou par em uma aliança da qual resultaram meus mais caros vínculos que se expandirão ainda, com início em agosto.

Insisto que esse é o ‘objeto’ essencial.

Estive, na condição de profissional, com milhares de pessoas e tenho presente que contribui para o desenvolvimento de boa parte delas. Fiz e faço sempre com a maior dedicação, ética e humildade.

Este foi e ainda é um ‘objeto’ importante.

Tenho centenas de amigos, alguns em fase de consolidação, outros que serão perenes.

Este é o ‘objeto’ fundamental.

Revejo meus passados anos e observo-me como protagonista da minha própria história. Sinto-me bem comigo mesmo.

Este parece ser o ‘objeto’ básico.


Até breve.


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