segunda-feira, 11 de julho de 2011

ACADEMIA

Concluído o doutorado no Banco de Crédito Real de MG, seria bom que eu tivesse a oportunidade de atuar na academia. Foi exatamente o que aconteceu nos sete anos que se seguiram depois de eu ter deixado o Banco. Atuei como Professor Associado da Fundação Dom Cabral e como Professor Convidado no IBMEC, na Fundação João Pinheiro e na Fundação Getúlio Vargas de 1993 a 1999, período que fecha o segundo ciclo de doze anos. Primeiro ciclo de 1975 a 1986; segundo ciclo de 1987 a 1999.  
Simultaneamente à atividade acadêmica desenvolvi diversos projetos de Planejamento Estratégico e diferentes programas de desenvolvimento de executivos e de acionistas, todos eles já sobre a contratação da minha empresa que nasceu em 07 de novembro de 1993. Realizei inúmeras palestras pelo país à fora para grupos de 50 até perto de 2000 pessoas em diversos eventos ligados a cenários, estratégia, gestão e comportamento organizacional.
Falei à beça e para muita gente e em vários lugares. Expus-me a toda sorte de público, sofisticado e acanhado, da indústria, do comércio, do serviço, de tecnologia, do norte, nordeste, centro, sudeste e sul. Para Presidentes, Diretores, Gestores, secretárias, pessoal de nível superior, operários, analistas, auxiliares... Devo ter estado, nesse período, com mais de quinze mil pessoas. Tenho um monte de placas, diplomas, estatuetas, e outros objetos alusivos à minha contribuição em eventos.
Gostaria de registrar como retorno síntese: eu saía pelo corredor lateral de um auditório onde havia acabado de realizar uma palestra, quando fui interceptado por um jovem. Ele disse que gostaria de me passar sua impressão que traduzia, na opinião dele, como eu atuava:
“Se você tivesse acreditado em minha brincadeira de dizer verdades, teria ouvido as verdades que eu insisto em dizer brincando. Falei muitas vezes como um palhaço, mas nunca desacreditei na seriedade da platéia que sorria.”
Ele entregou-me esse breve texto escrito por ele à mão em um pequeno pedaço de papel. Eu agradeci e continuava o meu caminho quando ele me pediu novamente o papel e escreveu o autor da frase: Charles Chaplin.
Pois é.
Um grande amigo, que foi Presidente de uma grande siderúrgica no Brasil, escreveu um texto intitulado o Construtor do Século XXI no qual ele aponta as três características que os líderes do futuro deveriam desenvolver: Humanidade, Humildade e Humor. Será preciso uma preocupação para lá do homem e sim com a civilização; será indispensável a compreensão de que nunca se saberá e se poderá tudo e será imprescindível que se nutra um especial interesse pela Alegria.
De 2000 aos dias de hoje, fechando o terceiro ciclo de doze anos cada um, tendo deixado todas as instituições acadêmicas em 1999, tenho me dedicado exclusivamente aos projetos de consultoria em processos decisórios, estratégia e desenvolvimento de executivos e acionistas, além de palestras esporádicas.
Gostaria de agradecer àqueles que acompanharam até aqui minha trajetória.
O dasletra continua, no entanto. Haverá ainda muito por dizer.
Até breve.

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