sexta-feira, 4 de abril de 2014

QUATROCINCO



Estou sozinho na varanda da pousada de onde avisto ao longo do pátio interno as espreguiçadeiras sob quiosques cobertos por palha e iluminados por luz indireta. Logo ali a uns oitenta cem metros debruçam-se as ondas de um mar de água morna e azul.

A frente da pousada, na cheia, a maré encobre a formação de blocos de corais e na baixa formam-se inúmeras piscinas naturais habitadas por peixes pequenos de variadas cores. A água sem contato com rios próximos é clara, transparente o que permitiu Noninha gritar a todo o momento: “Peixe!!! Vovô... Peixe!!!”

Ela e Noninha já adormeceram. O dia foi de inúmeros mergulhos além da visita ao Projeto Tamar, com mãozinha sobre tubarões e carinhos em filhotes de tartarugas recém saídos de seus ovos.

Dois ou três telefonemas de clientes com seus assuntos inadiáveis, dois ou três e-mails improrrogáveis. No mais ócio intenso com aplicação em tempo integral as duas das três mulheres mais importantes de minha vida.

Em situações semelhantes volto de costas para o mundo e sequer vejo os noticiários da TV, vicio que tenho quando urbano.

Aqui, no entanto e agora, entrei na web tardiamente para ler meu horóscopo. Todos sabem que não saio de casa sem lê-lo todos os dias, antes mesmo de escovar os dentes.

“A gratidão é essencial, pois essa atitude abre os olhos para as pequenas coisas que acontecem todos os dias e que têm o poder de elevar seu ânimo e sustentá-lo para que você cumpra a parte que lhe toca no tabuleiro da vida”.

Tudo começou em 04 de abril de 1969. Se lerem posts anteriores publicados no mesmo dia e mês, compreenderão.

Né?



Até breve.

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