quinta-feira, 12 de março de 2015

LÚMINA



Estive ontem em São Paulo para reuniões de trabalho e, entre elas, em uma instituição exemplar: Casa do Saber.

Em seu catálogo de programação de cursos para o primeiro semestre de 2015 nos faz saber o propósito da instituição.

A Casa do Saber é um centro de debates e disseminação do conhecimento em São Paulo, que oferece acesso à cultura de forma clara e envolvente, porém rigorosa e fiel às obras dos criadores.

Em um ambiente extra-acadêmico, a Casa do Saber apresenta cursos livres, palestras e oficinas de estudo em diversas áreas do conhecimento, reunindo renomados professores e conferencistas.

Os cursos (com duração de um a seis meses), palestras, aulas-espetáculo e eventos buscam fornecer referências básicas da melhor qualidade em temas essenciais da cultura humana.

O catálogo contempla 141 cursos abordando temas contemporâneos tratados “à quente”. São palestras ou cursos de curta duração, que falam dos fatos do mundo baseados na tese de que as pessoas querem se posicionar.

Disse-me o diretor executivo que a escola propõe, em seu núcleo pedagógico, um olhar positivo sobre o conjunto de realidades. Quem participa dos programas sai com perguntas elaboradas com fundamentos que permitem uma visão mais ampla dos inúmeros problemas pelos quais vimos passando.

Saí de lá com uma questão: o saber é capaz de nos confortar dos males? Ou o saber é a fonte crua para a angústia? Em um cartão marca-página do catálogo da Casa está impressa uma citação de Willian James: “A arte de ser sábio é a arte de saber o que ignorar”.

Pois é, não quis ficar sozinho com a questão e a trouxe para cá.




Até breve.

4 comentários:

  1. Respostas
    1. PENSE, mas com moderação. Em tempos turbulentos, como agora, melhor ser prudente.

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  2. Bom, segue uma singela reflexão.

    Primeiro não sei se há conforto para os males, tenhamos todas as respostas para o male e mesmo assim ele não deixara de ser.

    Quanto a angústia, entendo que o saber não é a fonte para, mas sim contra. Soubéssemos o sentido da vida, talvez não nos angustiaríamos tanto com ela. Já, saber o sentido e não agirmos em prol, ai angústia na certa.

    Agora, não entendi uma coisa, é possível ignorar o que se sabe?

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    1. Obrigado pelo comentário. Penso que a inspiração advém da insatisfação. O estímulo à criatividade vem da ansiedade em se livrar da insatisfação. A busca pelo saber é orgástica e interminável, ou não?

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