NÓDEA

Liberdade e Democracia agora são produtos de consumo. O Fórum temático lotou o Palácio das Artes em Belo Horizonte. Empresários, professores, jovens dasPUC, socialyties e eus similantes.

Melhor que show de sertanejo universitário.

O Capitalismo, que ninguém sabe hoje exatamente o que seja, tem essa capacidade. Converte tudo que é marginalia, mas que tenha apelo, e lança na vala  comum da moda consumista.

Aí passa a poder, que nem Luan Santana.

Na minha época eram temas malditos. O debate não lotava o DA da faculdade e, mesmo assim, a voz pequena.

Agora não, agora todo mundo quer opinar e com estilo de griffe. Na plateia tinha até área VIP, um chique de dar inveja. Gente escolhida a dedo e que tem linhagem.

A inveja sempre corroe o espírito. E eu confesso: eu queria tanto fazer parte do grupo que estava separado por seguranças e crachás de cor diferente daquela que me entregaram na entrada.

O privilégio de ouvir os debates a partir da perspectiva dos ocupantes da área destaque é muito mais esclarecedor e, sem dúvida, gera muito mais impacto na consciência cívica.

Uma pena. Mas fazer o quê?

Fico muito emocionado quando me deparo com estes sinais de evolução social. Tudo muito organizado com prospecto do programa do Fórum anunciando os inúmeros parceiros, patrocinadores e colaboradores. Até sinais sonoros (campainhas) antecedendo o início.

Liberdade e Democracia entraram para o circuito must. Todo mundo vai comentar. Inclusive quem estava e não esteve no evento.

- “Tenham todos um ótimo espetáculo”, anunciou a jovem mestre de cerimônias. E as luzes do teatro se apagaram. Inclusive as da plateia.

Resumo dos painéis?

Pesquisem nas colunas sociais.

Até breve.