sexta-feira, 3 de junho de 2011

LIMITE

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: O texto deste post está vinculado a uma sequência diária que se iniciou no dia 31.05.2011. Para sua melhor compreensão convém ler do primeiro texto em diante. Obrigado.

A frase para hoje é: “É ERRADO TRABALHAR PARA EMPRESAS QUE FAZEM PRODUTOS QUE SERVEM PARA MATAR PESSOAS.”
Em alguns dos seminários, quando projetei essa frase, achei que não conseguiria manter o grupo dentro da sala. Seguramente é aquela que  implicou no maior envolvimentoa dos participantes e  debates calorosos. Na primeira rodada, livre, o grupo se manifesta com inúmeros exemplos na tentativa de argumentar que qualquer produto pode servir para matar pessoas e que mesmo uma arma de fogo é feita também para se defender.
Se o sujeito trabalha na contabilidade da Souza Cruz, qual o problema?’
‘Nunca é errado trabalhar... ’
‘Quero ver se você for convidado para ganhar um salário de US$ 100.000,00 numa fábrica de mísseis você não trabalharia... ’
 ‘O sujeito trabalha para sobreviver, portanto, todo trabalho é legítimo. ’
 Alguns poucos e extremamente questionados argumentavam concordando com a frase.
Na segunda rodada, tirados os exemplos e colocados diante da necessidade de se posicionarem na primeira pessoa do singular, alguns não deram conta de se manifestarem quando indagados pelos outros: você é capaz de matar uma pessoa?
A pergunta que proponho a partir desta frase é: eu sou capaz de matar uma pessoa?
Lembro-me de Vladimir Maiakovski: “Minha mãe me pergunta como eu posso ser um revolucionário se eu não sou capaz de matar uma mosca. E eu a respondo: mãe, eu sou revolucionário porque luto por um tempo em que eu não tenha que matar uma mosca.” Maiakovski escreveu seu próprio epitáfio dois dias antes de sua morte (ele suicidou-se com um tiro no coração):” O defunto odeia fofocas. Para o inferno com a dor, angústia e mal uns aos outros! ...... ”
Para o post de amanhã a frase será: “TODO EMPREGADO DEVE APOIAR A POSIÇÃO OFICIAL ADOTADA PELA EMPRESA.”
Até amanhã.

3 comentários:

  1. Vc só pode ser do além do além do além... Que refexão!

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  2. Discordo totalmente. Para apoiá-la ou não, ele deve conhecer a sí próprio.

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  3. Discordo totalmente. Prefiro trabalhar em algo que eu sei o seu verdadeiro objetivo do que trabalhar uma empresa que mascara e ainda te envolve em atos ílicitos simplesmente para vender.

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