sábado, 18 de abril de 2015

DIÁRIO



Na quinta-feira fomos assistir à Para Sempre Alice, que deu a Julianne Moore trinta prêmios entre eles o Oscar de Melhor Atriz. Confesso que gostei mais do drama vivido por Kristen Stewart no papel de Lydia uma das filhas de Alice a personagem protagonizada por Moore. Alice descobre aos cinquenta anos de idade que padece do mal do alemão (qual é mesmo o nome?).

Talvez porque, às vezes, acho que meu pai legou-me mais do que o mesmo nome, eu tenha me concentrado no drama magistralmente encenado por Stewart. Impelida pela mãe a buscar uma faculdade que dê a filha condições mais favoráveis à sobrevivência, a jovem insiste em procurar a carreira de atriz de teatro. Até nos filmes americanos???!!!

Ontem foi punk. Pretinha me pegou de carro em casa às sete e meia da manhã e me deixou com Noninha na maternidade. Hugo, irmão de Mateo (o Zeroum, lembram?), nasceu com pouco mais de três quilos. Um bezerrão.

Penso que eu deveria fazer legenda para dar conta dos personagens deste blog, embora a oito para completar oitocentos posts editados, já era hora dos meus leitores saberem mais ou menos de quem eu estou falando.

Tudo bem, recordar é viver. Hugo e Mateo são filhos de Camila, uma sobrinha-afilhada que de vez em quando comentava aqui e de Leandro, meu único seguidor. Se bem que João da Piti, diz que é ele, não o pai de Hugo, mas meu seguidor. Não sabem quem é João e nem Piti? Leiam os setecentos e noventa e um posts anteriores.

Noninha e Mateo estudam na mesma escolinha e, pior, na mesma sala. Amor e ódio a mil. Administrei ambos aos gritos e folia nos corredores da maternidade até que nos despedimos, eu e minha netinha, do Hugo e fomos a outras folias.

Na portaria perguntei a um rapaz onde poderia pegar um ônibus circular com direção à Savassi. Só que me permiti perder e fui parar em uma pracinha. Balanços, zangaburrinhos, escorregas depois fomos afinal esperar o circular em um ponto de embarque na Avenida do Contorno.

Noninha puxou conversa com Terezinha, uma senhora que como nós esperava o ônibus. Quando o ônibus chegou Noninha estava eufórica pela primeira experiência de urbanidade. Ficou atenta a todos os meus movimentos: passar pela roleta e pagar à cobradora a passagem até sentarmos em duas poltronas vagas.

Sete ou oito minutos depois, quando descemos do coletivo, Noninha voltou o olhar e me pareceu que ela desembarcava de um sonho. “Depois você me leva de novo, vovô?”

Um jornalista disse a Eduardo Galeano que ao ler os seus livros tinha a sensação que o uruguaio escrevia com um olho em um microscópico e outro em um telescópico.

Depois fomos para o meu apartamento, brincamos de massinha, dei-lhe banho, aprontei-lhe todinha já com o uniforme da escolinha e fomos almoçar em um restaurante em frente. Depois do papa ela me pediu um picolé, para minha surpresa de limão (ela adora uva) e voltamos para meu apartamento.

Histórias e carinhos nas costas e nos pezinhos depois ela adormeceu para descansar um pouquinho e dar conta da tarde na escolinha. Ela dormia ainda quando Pretinha chegou com o Valentin para que eu ficasse com ele.

Entrementes respondi a dois e-mails a respeito de um evento que conduzirei em junho envolvendo mais de trezentos executivos, atendi a ligações de clientes um deles pedindo que eu intercedesse junto ao seu presidente para que fosse revisto o seu salário e outro que me pedia a possibilidade de revisitar uma proposta de trabalho que lhe fiz há exatos dois anos atrás. Agendei reunião de trabalho com a Superintendente de uma entidade de representação de classe e comprei passagem para São Paulo para onde embarco na quarta-feira, bem cedo.

Cada dia que passa gosto mais de Tin. E para não dizer que é só dele fomos visitar Antônio. Fomos eu, Ela e Tin à casa do Vlad e da Fá. Antônio me deixou bobo. Consegui extrair dele a primeira gargalhada (aos quase quatro meses de idade). É fatal: você pega a criança elevando-a acima de seus ombros e volta com ela bruscamente fungando em uma de suas orelhas. A primeira gargalhada de Antônio para o vovô, inesquecível.

Voltamos para casa porque Ela tinha que ir para o Consultório. Eu fiquei com o Tin. Dedeira, troca de fraldas, chutar bola na sala, soninho até que Pretinha veio buscá-lo ali pelas quase seis horas da tarde. À noite voltamos para a casa de Vlad e Fá para que eles pudessem ir a um cinema ou a um teatro. Ficamos até às dez horas da noite. Antônio deu uns chorinhos, nada que nossa experiência não administre.

Próximo da meia-noite chegamos a Santa Luzia. Passei o dia todo pensando em Desertland.





Até breve.

LEGENDA: Savassi é um bairro da cidade onde moro.

2 comentários:

  1. Simples como andar de ônibus... A vida é curta. Temos mesmo que curtir os melhores momentos com aqueles que amamos.

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  2. Por falar em simples, perdoe-me pelo próximo post. Muito obrigado pelo comentário.

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