sábado, 4 de abril de 2015

DESARTEAMENTO



O post de hoje é breve como um “palio”.

Siena foi nossa base para visitar, nos seus arredores, as vinícolas na Toscana. Fundada pelos filhos de Remo, para fugir do tio, em 90 a. C. cultua desde 1600 d. C. sua atração principal: corridas de cavalos na Piazza del Campo.

Siena está dividida em 17 contradas (bairros) que disputam em 2 de julho e 16 de agosto de todo ano a corrida que mobiliza a cidade em festa emocionante.

Dez cavalos (cada um representando um bairro) são pré-sorteados entre os dezessete concorrentes, passam pela igreja do bairro, onde são benzidos) e vão correr em pista de 21 cm de altura de tufo (areia) em círculo na praça buscando ganhar US$ 1,8 milhão a cada palio.



Siena também abrigou a inauguração do primeiro banco do mundo, Monte del Paschi de Siena, por volta do ano de 1100, quando foram instituídas as primeiras Notas Promissórias da história econômica.

Fomos à Florença para uma rápida olhadela. Não gostei do que vi. A cidade me encantou quando estive aqui quinze anos atrás. Hoje, as bombas letais do consumo destruíram o que a cidade tem de belo e raro, além das pichações comuns às urbes da modernidade.

Florença foi vandalizada pelos novos bárbaros: turistas ávidos por quinquilharias marcantes comercializadas em inúmeras barracas (mercado persa) em uma ponta, e, noutra, imigrantes expelidos de suas origens por força da miséria, fome ou até mesmo de guerras.



Ai de ti, Michelangelo!

Inadvertidamente, ou como obra do acaso, funesto fui ao meu horóscopo, e:


“A zombaria, o escárnio, o desprezo irônico com que às vezes tratas teus semelhantes, tudo isso depõe contra ti, pois declara que te sentes superior e que tens autoridade para julgar, condenar e que do alto de tua posição tens direitos que os outros carecem. Francamente, isso depõe contra ti, te diminui e te torna hipócrita, porque na verdade desprezas o que temes. Se tratas com desprezo a suposta ignorância alheia é porque a percebes e só poderias perceber o que conheces, o que está dentro de ti e se, por isso, desprezas tua própria ignorância é porque não fazes nada útil para superá-la, está estacionada em ti e quanto mais zombas dela, mais e mais essa ignorância se arraiga em ti como uma sombra que projetas ao mundo e que te diverte, como um ataque de riso nervoso numa cena assustadora de terror”.



Até breve.

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