Deve ter sido o período mais longo que eu fiquei sem postar. E tem uma razão mais do que justificável, embora não justa: preguiça. Isto mesmo, a mais pura, sacrossanta e profunda preguiça.
Esse período de Momo sempre me dá um somesquélio transcedental que tira de mim todo e qualquer ímpeto de produção. Quarei geral. Saca aqueles panos encardidos com água sanitária ao dorso do sol, para se aclariarem? Assim, que nem, quarei.
Se saí mais limpo não sei, mas hoje quando despertei do dormêncio topei de cara com meu horóscopo:
"Se as coisas mais belas que você pensa e sente ficam só para você, como o mundo conhecerá o melhor que há em seu coração? É imprescindível encontrar alguém para compartilhar os bons e os maus momentos."
Como alguém pode ficar de sexta a quarta sem pensar e sentir nada que possa interessar a uma alma viva sequer no mundo? Pois no meu caso se deu assim. Não pensei e nem senti nada que justificasse compartilhar.
Um novo conflito internacional talvez, esse na Criméia, pelos gases. Quem sabe Artur da Piti e do João, que nasceu cabeludo e porreta na segunda como estava cesariniado. Quem sabe o lapso de Francisco, El Santo Hermano. Quem sabe Noninha cantando Ala lá lá ô ôôô... Quem sabe a esperteza de Valentin, gastando até os últimos minutos do seu gestamento.
Quem sabe?
No fundo os astros estão certos: estou mesmo necessitando encontrar alguém para compartilhar comigo meus maus momentos. Os bons, deixem que os compartilho comigo mesmo.
Prometo que já a partir de amanhã, vou encontrar dizeres que possam vir a interessar a um ou a outro. Já começo a sentir uns comichões coronários que podem estar sinalizando compartilhares.
Se bem que amanhã é quinta...
Sei não...
ATÉ BREVE.
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