terça-feira, 23 de julho de 2013

ONCE



Papai Noel vive aqui na Lapônia a 830 quilômetros de distância da capital da Finlândia, Helsingue, cidade em que desembarcamos ontem pela manhã do navio Seija Serenade vindo de Estocolmo.

Na Lapônia, bem ao norte da Finlândia, no inverno os termômetros marcam até menos trinta graus centígrados.

Helsingue não chega a tanto, menos vinte graus é comum nos meses de janeiro e fevereiro deixando pela cidade camadas de gelo de até setenta centímetros de altura. O Mar Báltico congela e parte dos sete portos do país fecham, poucas embarcações operam com o auxílio de barcos quebra-gelo. As moradias têm sistema de calefação, naturalmente, e as janelas têm três vidros superpostos.

A Finlândia conseguiu do Czar Nicolau II, em 1917, a sua independência da Rússia, pouco antes da revolução que acabou com a morte de todos os seus Czares. Hoje o país tem pouco mais de cinco milhões de habitantes, um milhão na região metropolitana da capital.

Assim como os outros países da Escandinávia, o Estado é presente na vida de seus cidadãos com rigor na cobrança de impostos especialmente álcool e cigarros, além de doces, já que o governo entende que a obesidade traria muitos prejuízos ao país. Cachorros pagam imposto anual de cinqüenta euros, mas a guia não soube dizer como é feito o controle.

Sessenta por cento do território do país é formado por bosques. Boa parte do artesanato é rigorosamente protegido e feito essencialmente de madeira. Há abundância de animais, entre eles o Alce, responsável pelo maior número de acidentes nas estradas que cortam o país. Alguns chegam a pesar 600 quilos.

A Educação é considerada a mais completa do mundo. O cidadão é assistido pelo estado até os dezesseis anos, sendo que a ensino básico (até os dezesseis anos) é obrigatório e gratuito, inclusive as refeições servidas nas escolas. Não há universidades particulares.

A palavra mais cultuada na Finlândia é MÃE. A licença maternidade custeada pelo Estado é de nove meses, um mês antes e oito depois do nascimento da criança. O pai tem direito a cinco semanas. Depois deste período, o pai ou a mãe podem ficar sem trabalhar durante até três anos recebendo o seguro de setecentos euros mensais.

A modalidade de esporte que eles são bambas e campeões mundiais é o Hóquei sobre gelo, por razões óbvias, eu acho. Nas artes quem se destaca é o compositor Jean Sibélius, que faleceu em 1967 e para quem se ergueu, em 1969, um monumento feito com 600 tubos de vinte e cinco centímetros de diâmetros e pesa vinte toneladas.

Confesso que não tem sido fácil postar durante estes dias. Além da diferença de fuso horário, que é aqui de seis horas, é muita emoção, sem contar as inúmeras vezes que ligamos via Face Time para Pretinha, para dar uma olhadinha em Noninha. Sei que estou já em falta com o neném que está vindo. Nessa época eu já tinha começado os diálogos.

De qualquer forma ficam estes breves registros. Ontem, por exemplo, quando descemos do ônibus para visitar o primeiro ponto turístico da cidade, a Catedral Luterana de Helsingue, nos deparamos com um destes inúmeros artistas anônimos que se espalham pelas ruas da Europa. Um músico e intérprete que cativava a todos que visitavam a imensa praça da Catedral.

Lembrei-me de Glen Hansard, em Once (Apenas uma vez). Gravei em vídeo que imaginava editar em post. Deu um tilte e fico devendo. Se conseguir, à frente, edito.

Agora já estamos em um trem que nos levará, em viagem de três horas e meia, para São Petersburgo, Rússia.



Até breve. 

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