terça-feira, 3 de janeiro de 2012

APREÇO

Atenção: esta não é uma agenda turística. O meu ponto é outro.
Pois então: pousamos no domingo, primeiro dia do ano, no início da tarde, em Cartagena, ainda banhados de Sal, Andrés e por sete cores. Pela acolhida de Jak Harb, quem me deu (ele quem disse) o meu primeiro presente pelos meus sessenta anos. Duas caixas de plástico rígido para fixação embutida de pontos de tomadas elétricas e interruptor de luz, que vou usar no sítio. Pela Sunlay (que comprou pulseirinhas para as meninas), além de Elisa e Luiza, que nos trataram com carinho e atenção no Casa Harb.
No aeroporto sentimos o calor de Cartagena das Índias, chamada assim pelos fundadores já que em Espanha já havia uma Cartagena. Gosto de pronunciar seu nome em êpanhol: Carrrtarrênnaaa.
Hospedamo-nos no âmago da ciudad vieja, na Plazeta de Santa Clara, no Hotel Santa Clara da rede luxury do Sofitel. Belíssima adaptação daquilo que já teria sido um hospital mais recentemente e, na origem, um convento (1691) cujas paredes laterais ainda estão mantidas.
Um pequeno giro pelas redondezas para a tomada de primeiras impressões, mas mortos de hambre, fomos almoçar em um restaurante cerca do hotel: arroz negro, paella especial. À noite nosso encontro com a ciudad vieja cercada por mais de onze quilômetros de muralhas. As retinas foram impregnadas pelas ruelas estreitas com seu casario ornado com flores coloridas em abundância, suas construções históricas preservadas e, sobretudo, o solo plano convidando ainda mais ao passeio.
Saímos do hotel com um mapa, mas foi Cláudio quem deu a idéia de deixar que o coração nos levasse. Aos poucos e intensamente fomos tomados pelo gosto e prazer de estar nesse lugar e agora.
Por força de alguns quilos adquiridos no corpo e alguns muitos pesos a menos no bolso, assumimos o compromisso, no domingo, de não almoçar e jantar. Faríamos apenas o café da manhã e, mais para o final da tarde, almoçaríamos. No máximo, poderia rolar, um lanchinho à noite.
Na segunda-feira não pecamos. Isto é, não tomamos o café da manhã no Santa Clara. Uma usura, a quarenta e três mil pesos por persona. Fomos à um vizinho, o EPA, baratissíssimo de Cartagena, a vinte e sete mil pesos para nosotros quatro com direito a salada de frutas com yorgut, croissants, café com leche e tal. O supermercado tem o nome de EXITO. Nada é por acaso.
Você não perde a pose, hospeda-se no melhor e se vira no êxito. Compramos lá água mineral, cerveza a um e oitenta, e um tira para manter o gosto a peso. O Cláudio é que tive que interceptar bem na frente do hotel. Ele, que não tem escrúpulos, à noite já ia entrando Santa Clara adentro com uma sacolinha de plástico exitosa contendo uma botella de dois litros mineral.
Na saída do supermercado entramos em um taxi para fazer um giro. Deparamos-nos com Luiz Carlos Mendonza Quezada, o motorista. Propôs-nos um tour. Sujeito porreta o Luiz. Setenta e seis anos de vigor mantidos a dois quilômetros de caminhada todo dia com um peso de uma libra em cada uma das mãos. Onze netos e três bisnetos. Fica aqui uma dica. O telefone do muchacho é 310 681 2319.
Três horas depois de passeio (agradabilíssimo) por vários pontos e prosa interessantíssima, Luiz nos deixou no Nautillus, restaurante. Bom demais, inclusive o peso.
À noite, passamos pelo FM, lotado, e reservamos o jantar para hoje. Jantamos mesmo foi no D’Dannis, comida italiana, cuja dona é esposa do proprietário. Fino. O melhor: o fundo musical de Pablo Milanés, cantante cubano.
Hoje cedo fui, a pedido dEla, marcar as cadeiras na piscina do hotel. Tem hóspede que dorme nas cadeiras para conseguir um lugar. Outros pagam altas propinas. Dá uma de rico, às vezes, é chato.
Depois fomos tomar o café no Exito e caminhamos pelas calles a procura do Disco Cartagena para, claro, comprar o CD de Pablo Milanés que nos encantou na noite anterior. Compramos também o de Nina Mouscuri cantando em êpanhol, lindíssimo.
Voltando ao hotel o encontro com Samuel na piscina, um chico de uns três ou quatro anos que me deu um canseira de amargar, brincando com a pelota, embora eu tenha perguntado por diversas vezes: “Usted não queres descansar um pouquito?”. Depois fomos almoçar no Mulata Cartagenera, econômico, onde fui brindado com um costellistas de cerdo de mais de dez centímetros de altura. Um troço de doido.

Enquanto isto, recebemos uma mensagem de Puerto Varas, Chile: "Vlad's day: dormimos muito, assitimos a nove seriados, não compramos nada e não temos nada programado..."
Esta viagem já está marcada. Não só por tudo que já nos impregnou, mais (não é mas não, é MAIS MESMO) por uma razão determinante. Passei todos esses dias ocupado com o absorver e não com o exteriorizar e sempre pedi ao Cláudio que me oferecesse um tema para o blog. Já no domingo, ele saiu com: “o apreço não tem preço”.
Depois desses dias, sempre colados com nossa filha e Claudinho, a ponto de uma dessas noites em um jantar eu ter ameaçado de me levantar da mesa e ir para outra, uma vez que os dois trocavam carícias à nossa frente, ficou uma certeza: Claudinho é mesmo a melhor fonte para que se misture à de Valesca e produza o maior presente que “DEUS DARÁ”, a gosto de 2012.
Eu, vivo.
Até breve.

PS> Brigado, minina, pelo carinho.

4 comentários:

  1. Treina aí vovô.... porque Valentim ou Liz vão te fazer ficar em forma!!!! Claudão só inspirando o sogrão hein?? Eu já sabia..rsrsrssr bjao saudades!!!!!

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  2. Donde estas el comentario de Vlad's day?

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  3. PELO ANDAR DA CARRUAGEM , O " CLAUDINHO " NAO , GANHOU SOMENTE O PORQUINHO NÃO , GANHOU O PORCÃO TAMBEM

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  4. Con Permisso, os hotéis, as piadas, a bebida, a comida, os lugares, as pessoas, os detalhes, a gravidez, os gastos e também as economias... Tudo tao rechonchudo como as obras de Booterooo, como grita discretamente mi suegro quando ve uma das musas que inspiraram o artista. Apreciamos muito de todo pouco e principalmente a nosOUTROS. Gracias ao Losinho e a Vera pela mistura fina na pelicula de grandes doses de humor diárias e analise, de farofa de Marataises e requinte Parisiense. Obs. Para parabenizar a Fabiana, que esta deixando o Vladimir aproveitar a vigem deles, como todo homem que sabe viver ser feliz.

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