quinta-feira, 21 de abril de 2022

ILHAS

 


 


Olho, com reservas, as questões nomeadas como “Identitarismo”, “Diversidade”, “Inclusão”.

Para Identitarismo, que o meu computador sublinha em vermelho porque não reconhece em seu vocabulário, encontro na WEB:

“O termo identitarismo, popularizado no Brasil a partir das eleições presidenciais de 2018, tem origem na expressão identity politics (políticas identitárias). Este conceito foi cunhado pelo Combahee River Collective, grupo feminista formado por negras e lésbicas em 1974. Estas mulheres uniram-se por não se sentirem representadas pelo movimento feminista, branco em sua quase totalidade.”

Pois é, ocorre que a expressão ampliou suas origens e cabe em inúmeras outras manifestações correlatas.

Diversidade e Inclusão, faz parte do grito contemporâneo por liberdades e divisão do bolo das riquezas produzidas.

Um dos afetos que mais admiro é a paixão que nos move em prol de nossas convicções e propósitos, quase sempre alinhados com outros em grupos, facções, partidos. Não seríamos, não fosse essa paixão. Como algas, nos emaranhamos, para construir.

Até aí entendo e louvo toda iniciativa solidária independente em que território manobra: político, sociocultural, religioso e tantas outros com manifestações de adeptos em todo o mundo.

Minha reserva está em quanto isto contribui (e de forma intensa), pela exacerbação e/ou por intenções perversas, com a ampliação, já tão extensa, das motivações que justifiquem (ainda que por fins legítimos) ações desproporcionais, segregadoras e, não raro, violentas.

Está assim desde sempre na História, mas hoje há dois fatores que amplificam exponencialmente os efeitos colarerais perversos desta “compartimentação social”: as redes sociais globais e o chamado “Mercado”.

As redes sociais turbinadas por tecnologia que disponibiliza TUDO com instantaneidade, portabilidade e acessibilidade dão “voz” à bilhões de pessoas em todo o mundo, impactando a sociedade como nunca.

Por outro lado, o Mercado, esta “descoberta” do moderno com seus tentáculos sobre o consumidor, fazendo destas “minorias exclusas”, maioria para a sua prospecção estratégica e crescimento exponencial de seus faturamentos e rentabilidade.

“Descobriu-se” que há muitos negros no país, assim como LGBTQIAPN+, e eles estão “estrelando” peças e peças publicitárias, para “incluir” seus “pares identitários” na moenda do consumo.

Perdoem-me por um texto tão denso. É que Inconfidência me fez pensar em John Lennon e lembrar de quando  eu era jovem e cantava IMAGINE a todos os pulmões na Praça Duque de Caxias.


Até breve.

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