quinta-feira, 11 de março de 2021

VACINA


 

Quero fazer registro daquele que me parece ser o fato objetivo mais relevante da semana para combater a evolução da pandemia: o acordo formal celebrado entre os governadores.

Um acordo destes é promissor somente por força das circunstâncias em que estão colocados os chefes do executivo estadual, podendo ser inclusive, a posteriori, julgados por crime de negligência, omissão e outros.

Seja por isto ou porque os iminentes senhores de Estado perceberam a imensa chance que têm para entrar na história como aqueles que efetivamente conduziram a saída do país de sua mais cruel crise sanitária.

O espaço abissal deixado pelo governo federal permitiu o acordo e eu torço para que ele logre êxito e nos exponha a lideranças sadias que possam nos servir em futuro próximo como alternativas.

Impelidos pela gravidade da situação, portanto, não acredito que a maioria deles usará a oportunidade para “jogar para a torcida”. Como administradores, ainda que políticos, eles sabem que os cemitérios serão o maior balizador de sua efetiva gestão.

Outro ator de relevância e que a mim tem agradado é o presidente do Congresso Nacional, recém chegado que pode trazer de roldão com sua habilidade a Câmara dos deputados para votarem e com celeridade os projetos emergenciais que se fazem necessários.

E o governo federal? Qual?

Dois ministérios devem brevemente ter seus titulares substituídos e, muito provavelmente, não com o crivo do presidente.  O da Saúde, naturalmente, e o das Relações Exteriores, já que a questão sanitária nunca foi local e sim global e a atuação do chanceler foi lamentável, para não dizer desastrosa.

Não é uma engenharia de governança fácil, seguramente mais complexa do que se tivéssemos uma liderança inteligente e agregadora acima, mas é, me parece a única alternativa que se apresenta já que não é possível debelar o desafio dentro da jurisdição de cada estado. O vírus não se interessa por fronteiras.

Doravante é o que me interessa. O resto é puslítica.


Até breve.


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