sábado, 3 de outubro de 2015

DEMONÍACO



Tenho uma compulsão doentia por pornografia contemporânea. Ontem quase que fiz uma autoflagelação para ver se fico liberto. Num teve jeito. Olha eu aqui de novo.

Confesso que assisti aos noticiários de ontem e vi cenas que se repetem orientadas por um roteiro fundado na repetição, signo da perversidade.

Os protagonistas, agora conduzidos pelo mesmo arquiteto e seus asseclas, produziu uma tomada de cena da reestruturação do bacanal.

A barganha resulta na mudança de estratégica de cooptação da maioria para o abraço de afogados de uma minoria de peso, supostamente mais “confiável” – se é que seja possível no antro fazer fios com integrantes do bordel.

Mercadante na Educação é cena similar à Garganta Profunda.

Noutro veio de manobra, o acinte de contenção exemplar dos gastos é de dar dores anais que nos custará anos para recuperar, isto se não causar uma inflamação venezuelânica crônica.

Duzentos milhões de reais, incluindo a redução no holerite dos atores principais, é de uma compulsão digna das taras mais abomináveis, somadas à fusão de ministérios redução do aparelhamento criminoso de três mil cargos de bajuladores, chupadores, sanguessugas do erário.

Ontem, enquanto as cenas da fuderola geral rolavam, uma matéria paralela flagrou o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo quando o medidor registrava a cifra extraordinária de R$1,5 trilhões amealhados dos expectadores que bancam a orgia.

Ora, se são R$30 bi de buraco, significam 2% que seriam necessários de corte para dar uma ajustada, isto sem considerar ainda três meses de bilheteria compulsória.

Dois por cento de ajuste no gigantismo do monstro pornográfico dá para tirar de letra, só que aí a sacanagem acaba.

Estou preocupadíssimo com o meu estado de saúde. Nem doses na veia de levar Noninha à escola, jogar inúmeras partidas de futebol com Tin, mostrar passarinhos para o Antônio têm minorado o meu desgaste profundo.

A continuar assim vou acabar compartilhando com meus amigos do Face book cenas do flagrante do nu do ator global e de sua esposa.

Não, por todos os deuses do mal, livrem-me da cura.

Morro vil.

Só que mudei de canal e assisti a um clássico de Hitchcock, Festim Diabólico, e renovei minhas esperanças. Quem quiser saber pode assisti-lo.




Até breve.


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