quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

VINTEUNS

 




Quero fazer desta foto uma parábola carregada de sentido.

Quero carregá-la de metáforas que sinalizem um novo tempo.

Não só minhas netas, mas os meus netos são simbolicamente o meu porvir. Todo o meu legado.

Quero olhar para a vida com esta expressão.

Há que endurecer-se sem jamais perder a ternura. Esta frase não é minha, embora eu a sinta como o fosse.

Faço careta a tudo o que está aí de abominável, torpe, vil.

Coloco a língua para fora e repudio todo ato que não enderece à paz.

Zombo daqueles senhores das regras, da moral e dos bons costumes embarcados em tenebrosas intenções e sórdidos interesses.

Vou ao encontro de todos os meus atos de amor, sem censura e sem amarras de qualquer natureza, mesmo que eu possa desagradar a gregos e/ou troianos, crentes e/ou ateus, negros e/ou brancos, homo e/ou héteros, e até mesmo aos perplexos.

Não estou obrigado a carregar o peso do mundo, já me basta a insustentável leveza do meu ser.

Quero o olhar brilhante, energizado por um humor valente e singelo, que possa irradiar aos outros um resto de esperança.

Ponho a língua de fora, infantil e deliberadamente ao feio, ao abjeto, ao falso.

Quero a beleza.

Toda ela e com toda intensidade.


Até breve.



Um comentário:

  1. Que lindo! Quisera eu ter o dom de transmitir em palavras, com tanta clareza, meus sentimentos mais genuínos.

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