quinta-feira, 21 de abril de 2016

EMERGÊNCIA



Caso a presidente discurse na ONU colocando que há um golpe em curso no país, como parece pretender, não serão necessárias as denúncias já feitas e encaminhadas. Apenas o que falar, se falar, será suficiente para dar elementos em juízo para levar ao seu impedimento.

Caso no seu discurso ela se diga indignada, mas que compreende a natureza da disputa democrática e que está com a consciência tranquila e que tem defesa bem fundamentada para demonstrar a sociedade que as denúncias são improcedentes e que acredita nas instituições que garantem a solidez da democracia brasileira, Dilma não só deixa o país com enorme credibilidade externa como alarga sobremaneira simpatia interna. Não será suficiente, se for procedente a denúncia, para evitar o seu impedimento, mas pelo menos não coroará (com o discurso na ONU) um dos maiores desastres que um governante pode legar ao seu país.

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