quarta-feira, 7 de outubro de 2015

CORDIS



Meu texto azedou, passou do ponto, desandou. Perdeu liga, consistência, prumo. Sei lá no que me deu de entrar numa de partidarizar o craneamento, buscando lógica em versões de fatos.

Isso num divia.

Teve uma época aqui no dasletra que era mais de íntimo, quase doméstico. Nas vésperas de Noninha, nem se me fale.

Aí fui vindo e caí nessas estórias mordomentas do cotidiano da puslítica. Comparei com a mesa de um bilhar, sabendo que rolam bilhões, fiz bolacinco, bolaseis antevendo que no fim viria uma bolasete, fechando a partida.

Pinóia, eu pudia era de ter que tirar essas discrescências das telas, excluir dos arquivos estes inscritos. Fazer de conta que foi um espasmo, maroto.

Vô não, deixar eles aí é o que devo de sim.

De uns tempos prá cá, sei lá uns mês ou outro eu ando zancreando feicebuc.

Doideira geral a coisa, principalmente se se entra na veia de uns compulsivos, neurotizantes, virtualoucos de dar dó. Aí, geral. Quase que num tem outra coisa, senão tela.

Qualquer cara das ciências, inclusive ocultas, divia de tar pesquisando. A gente fala e ouve e vê um monte de gente que nunca viu na mais primeira de todas as vidas. Troca de um tudo, até sentimentos, põe figurinhas que dão conta dos semblantes. Relaciona.

Se deixar ficar ali fica como só se fosse.

A tecnologia é o prelúdio dos infernos reais. De que ninguém vai mesmo precisar de ninguém. Inté nos vamovê dos prazeres mais carnais, eu sei. Na solidão, bronha.

Num sei tá podendo de ser.

Lá mesmo eu soube que hoje é o dia que sai Nobel da Literatura.

E eu queria tanto que fosse o João, sô, mesmo que ainda tivesse virado carniça. Ele tá aí todo de um dia, nas entranhas de qualquer vivente rastejante nas terra. Ele saiu do complexo pro simples que só mesmo um gênio dos diabo pudia de consegui.

O Guimarães deixou veredas.

Num acho que tem tanta importância o Oslo, o prêmio, a coisa. Mas a gente merecia que ele fosse, como o Saramago, o Neruda, uns outro mais.

Eu de mim, juro, queria muito que ele fosse um trem.

Um Rosa.




Até breve.

2 comentários:

  1. Doideira geral, agente não consegue entender o que se passa.
    Estação. Encontros e despedidas. Emoções gerais (como vai ter agora no faice).
    Trem tem traçado certo. Se desgoverna para. Homens não.

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