terça-feira, 25 de junho de 2013

SE



E se o povo, no plebiscito, responder NÃO?

Um NÃO brado e retumbante!

E se o povo não souber o quê, o como, o com quem? E se não souber também por quê?

E se o povo quiser apenas a catarse, a manifestação, o vômito?

E se, enquanto isto, tantos outros eventos estiverem se sucedendo, trazendo impactos incontornáveis a médio e longo prazos?

E se o que se passa no Brasil se expandir e alcançar outras bandeiras?

E se estivermos construindo, sem saber, como de tantas outras vezes na História, uma revolução e não uma reforma?

E se estivermos realizando a mudança de época? Para além de tarifas zero, mobilidade urbana, hospitais e médicos, reforma política, segurança e erradicação da endêmica corrupção, esse crime hediondo.

E se estivermos renovando as relações sociais?

E se estivermos refazendo o Homem e o Humano?

Penso que seja pouco provável que nada disso possa ocorrer. Advirá dos próximos tempos algo digno da virada de milênio.

Embora não seja o desejo da maioria o que advir deverá nos trazer perdas importantes. Não se farão omeletes sem quebrarem os ovos.

Não será possível, dado ao gigantismo da massa e de seus quereres, o caminhar sem violência em toda a sua extensão.

A ordem desejará aplacar o caos gerando mais desordem. Perdas.

O caos desejará mais caos gerando mais caos. Perdas.

Talvez ocorra assim mesmo, dado o mal feito de tantos e tantos anos.  Nossa alegria e apatia tornaram-se indignação e vontade de mudar.

Talvez a História tenha nos reservado a oportunidade de, agora, construirmos um futuro. Quê futuro? O próximo tempo nos dirá.

E será breve porque o povo está com pressa.




aTÉ BREVE.

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