quarta-feira, 27 de outubro de 2021

APELIDOS

 

Às vezes acho que é por um não sei por que, talvez por um interesse não sabido, quem sabe? O fato é que acompanho. Quase tudo, na origem, mesmo sabendo que, na própria origem, há trama.

Falo da governança pública, mais conhecida como Política. Esta, das instituições democráticas. Minhas décadas perdidas em acompanhamentos e reflexões várias, foram o que possibilitaram agora e adiante, suponho, uma certa compreensão do que mais ou menos deva ser.

A realidade.

Dia desses, em conferência, ouvi um sujeito dizer, prefiro não declinar o nome para não restringir o seu raciocínio incauto leitor, de que pós ditadura o país foi “governado” somente por inclinações social-democratas e que, agora, era necessário dar um choque liberal.

Minha aversão ao apelido das coisas, dificulta muito o meu entendimento do que exatamente elas querem significar, então acabo fazendo eu próprio minhas sapiências. Quase sempre viajo nas maioneses.

No caso, fui dar (bem entendido) na Escandinávia que visitei há alguns anos. Suécia, Noruega, Dinamarca, Finlândia e Islândia (terra do Papai Noel). Na rota fui dar na Rússia, mas aqui não interessa, senão embrulha.

O apelido que dão ao que se passa em terras escandinavas é a tal de social-democracia. E o sobrevoo rasante que fiz por lá me deu foi vontade danada de ficar em definitivo.

Pesquisem e verão quanto é boa a tal da social-democracia de lá nas escandinavas. Só não fiquei por dois motivos fortíssimos: euros e o oposto de verão. Euros, por razões óbvias e o oposto de verão porque não suporto invernos, mesmo que maravilhosamente boreais.

Se o céu for com temperatura abaixo de 15ºC, quando for para lá, fico no Purgatório.

Antes de ir para um ou outro já que não escolho a hora (mesmo com minhas inclinações suicidas ocasionais), melhor voltar ao assunto do post. Qual mesmo? Ah, sim, os debates (ou serão embates?) políticos do ano que vem.

No macro, efeitos pandêmicos ainda sensíveis na economia global com o petróleo em espiral de alta, apenas para dar protagonismo à variável mais combustiva. Ela é suficiente para entender os decorrentes.

No Brasil, estagflação, previsão de crescimento para 22 igual à menos de um por cento, só para ficar nos indicadores mais contundentes.

Eu acho que sim está na hora de propor mudar tudo para continuar do mesmo jeito mudando o apelido do discurso para liberal, tipo, liberar geral, ou seja: foda-se o país.

O importante é o furo no teto.

Outro apelido.

 

Até breve.


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