quinta-feira, 8 de agosto de 2019

SENSO




Para aliviar as tensões ou para lança-las em outro campo das paixões o post de hoje dribla meu foco permanente de atenção e se volta para o Cruzeiro, herança paterna, como na maioria dos casos.

"Gostaria de comunicar que a gente interrompe o trabalho à frente do Cruzeiro. A decisão partiu de uma consciência que as coisas podem piorar e elas não podem piorar. A série de jogos sem vitória, a maneira que a gente está perdendo, são sinais de que algo precisa ser mudado".

"O futebol que dá é o mesmo que tira. E agora ele resolveu tirar. O balanço é bom. Três anos com quatro títulos é um bom desempenho. Mas o Cruzeiro precisa reagir, hoje precisa vir outro profissional, com outra cabeça, para propor uma reação que não pode mais demorar para acontecer. As causas são mais complexas, mas sou responsável pelos maus resultados. A saída é justa."

Declarações do Mano Menezes, que me agradaram de ouvir ontem à noite, após a derrota dentro de casa para o Internacional.

À margem o futebol, que gosto de ver é dentro das quatro linhas, Mano ainda que breve, nos ajuda a pensar no campo da liderança, território em que manobro há décadas.

“As coisas podem piorar e elas não podem piorar”, sinaliza uma visão muito madura e senso de urgência indispensáveis àquele que ocupa uma posição como a do treinador.

“...hoje precisa vir outro profissional, com outra cabeça, para propor uma reação que não pode mais demorar para acontecer”, denota uma lição de humildade e compromisso com aquilo a que se propôs dentro do contrato celebrado com a instituição.

A atitude de Mano sugere um controle muito adequado de suas potencialidades (“A decisão partiu de uma consciência”) sem perda de sua autoestima (O balanço é bom) e “A saída é justa”, ainda que não fuja de sua responsabilidade: “sou responsável pelos maus resultados”.

Não são atitudes comuns e com o nível de serenidade e assertividade que o episódio nos contempla, quando olhamos no âmbito do mundo corporativo ou em outros diferentes campos do cotidiano.

Penso que deveríamos prestar atenção a estes episódios e louvar a atitude de seus protagonistas. Foi o que procurei fazer aqui.

Brigado, Mano! Valeu!



Até breve. (Aqui endereçado, como de praxe, aos leitores, naturalmente)

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