sábado, 1 de dezembro de 2012

PUNTA



Não se vai ao fim do mundo sem alguma dificuldade.

Nos despertamos às duas da madrugada da sexta, 30. Taxi para o aeroporto previsto para as três, duas horas de antecedência para o vôo da 05:59hs até Guarulhos e de lá para Santiago do Chile. Em Santiago conexão às quatorze e quinze direta para Punta Arenas, onde ocorreria o pernoite no Hotel Cabo de Hornos. No dia seguinte, 01, em Van viagem de quatro horas até o hotel dentro do parque em Torres del Paine.

Vamo lá: em Confins, queda de energia e pane nos computadores inclusive da TAM. Tivemos sorte porque nosso embarque já havia sido processado com antecedência, mas no atendimento deu um frisson. Tumulto  geral com os passageiros no atendimento feito na munheca.

Em Sampa rolou tranquilo, vapt vupt. Descemos e fizemos conexão breve. Só que, raro mas acontece: atraso. Previsão anterior de chegada à Santiago para as onze e trinta, chegada real 12:30. Desembarque tranquilo, inclusive as malas chegaram. Imigração de centenas, fila de labirinto com metade do efetivo com carimbo. Aí, eu vi que o bicho ia pegar. Saímos as 13:15 da guarita carimbadora direto para a esteira de bagagens. As primeiras foram as nossas, eu até duvidei.

Passagem na Aduana, fila para passageiros com e sem alimentos nas bagagens de mão. Eu não sabia e Ela se esqueceu. Seguimos na rota dos sem porte de alimentos e aí sujou. Acharam na mochilinha dEla, via raio X, uma perinha e uma ameixinha. Cinqüenta minutos e carão depois, ameaça de multa de quinhentos e poucos reales, cruzamos a porta de entrada e fomos direto para o check in para Punta. Acho justo: essa prensa me faz pensar que os trilhões de dólares em drogas que cruzam o planeta todos os anos serão reduzidos e o verde das plantações não terão pragas forasteiras. Ah, Ela me disse agora, que a ameixinha era importada do Chile para o Brasil. Tadinha, a frutinha voltou para a terra natal e acabou em una basura qualquer da Aduana.

- El vuelo es cerrado, nos disse a chileninha com um sorriso que me fez lembrar da graúna do Henfil.

Quem me conhece sabe que eu viro uma louca desvairada, e a aliança de 37 anos de tolerância vira de fio de cabelo sem creme fortalecedor. Próximos vôos 19:15 e 21:45. Claro, lotados. Liguei pro Fred em BH e disse: " te vira"! Até a 18:25 não sabíamos se ia ou não dar jogo.

Bom, deu. Chegamos em Punta às zero e qualquer coisa e apagamos.

Pela manhã, imediatamente ligação face-time prá Noninha e cantoria de parabéns pelos cento e vinte dias da Alegria. Pretinha nos mandou fotos e vídeos com legenda. Minha neta fica todo dia mais linda.

Nos próximos posts, a quem interessar possa, vou falar do fim do mundo. Não esperem um guia ou roteiro, deve rolar tudo menos disso. Aí lembrei-me do Dennis, um grande amigo dos tempos da FAFICH, que na letra de uma de suas composições aponta:

- Que tamanho tem o mundo? Prá que lado fica o fim?

Pro sul das américas eu vou sacar.

Conto em seguida.


Até breve.



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