terça-feira, 4 de janeiro de 2022

SEQUÊNCIA

 


Muito bem, abrimos (como quer o título do post anterior) o terceiro ano da terceira década do terceiro milênio.

Estamos eufóricos e aliviados por ter (com o que nos aponta as pesquisas atuais) eleito o homem mais puro e capaz de converter todos à sua saga de perseguido, mas jamais vencido.

O país está unido na euforia dos vencedores e na catatonia daqueles que, pela absoluta fragilidade dos opositores, não foram capazes de fazer com que o futuro trouxesse o passado.

Abertura do crédito ao consumidor, casa, geladeira, fogão, utensílios para o lar, automóveis, tudo a perder de vista ou em até 72 prestações mensais. Yuupiii... Desoneração fiscal, especialmente para conglomerados internacionais, reduzindo na ponta uma lasquinha e transferindo para as matrizes a velha e conhecida secular “derrama”.

Retomada em investimentos na infra, com aprovação de projetos de recuperação de estradas e construção de pontes ligando o nada a coisa alguma, e formação de primeiro preço para depois irrigar os cofres clandestinos com “aditivos” que, ao final da obra (quando ocorre) somarão mais do que o custo inicial do projeto.

Subsídios sustentáveis no setor pop esverdeando os pântanos. Máquinas e máquinas, tecnologia em alta escala, da cidade controlando os campos. Inovação. Reforma agrária, agricultura familiar, ecologia? Não me venham com palavrões, por favor.

E todo mundo com o direito de ser feliz, emprego voltando, renda, alguma paz social e, no casino, a política untada com suas composições de sempre.

Depois, bom depois é depois. A gente arruma uma “pobre senhora” e passa a bicicleta pra ela cair. Não vai precisar de ninguém empurrar. O país já tem experiência neste quesito.

Só que não.

Pandemia ainda presente, inflação global ascendente, ruptura logística, agravamento de tensões entre os polos de poder, crise importante reverberando em impactos cambiais expressivos.

Ou não, né, porque ninguém merece mais tempestades perfeitas. O G20 vai equacionar uma agenda global que propiciará além de recursos, a governança pacífica e harmônica para implodir o meteoro.

As estórias (ainda há esta palavra?) que nos contavam no passado eram mais críveis.

E o mocinho vencia no final. Agora...

 

Até breve.


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