sábado, 23 de julho de 2016

VÁCUO



Pois é, o Tempo.

Na equação, a variável determinante. É ela que leva ao resultado.  

Diante da única certeza, que é a morte, cabe a Vida pelo imponderável das infinitas escolhas lançadas ao Tempo.

Eu, até por isto, agradeço cotidianamente à Vida. Poucas escolhas que fiz, tivesse o Tempo novamente, alteraria. 

E na medida em que passa, sofisticam. Mesmo que com uma angústia maior, sempre presente em qualquer escolha, agora e adiante mais pura, no sentido de mais elaborada.

Do prosaico, como a escolha de trabalhos profissionais, ao profundo, como com quem escolho me relacionar e com viver.

No prosaico há ainda pagar as contas, trocar os morões da cerca da nossa casa em Santa Luzia. Modificar lay out de móveis, reparar quadros nas paredes, martelinho-de-ouro nos dois carros em seus pequenos arranhões. Tudo que enche Tempo.

No profundo, guardar a consciência para tratar do que verdadeiramente importa e que implique em significado. Olhar o que se passa, pensar, refletir, escrever. Tudo que nutre Tempo. 

Na imensidão do porvir, que pode ser a qualquer instante ou de um depois largo, mergulhar na esperança ativa de ainda contribuir, mesmo que pouco. Sem alarde e deslumbramentos.

Alguém me perguntou o que aconteceu com o Mundo. Taí algo que vale Tempo. São tantos e diversos os acontecimentos, que escolha de olhar fazer? 

Política? Social? Econômica? Cultural? Artística? 

Haja Tempo para investigar sobre qualquer prisma. O que aconteceu? E se quiser ampliar Tempo, o que acontecerá?

Pois é. Falando nisso...


Até breve.



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