sexta-feira, 27 de junho de 2025

CURTA

 



Matéria de capa do Estadão de hoje:

 

PREFERIDAS PELOS ASSINANTES

1ª Alcolumbre pediu a Motta que votasse IOF para pressionar Lula a demitir Silveira.

 

Síntese perversa e dramática do que ocorre há décadas. Os interesses daqueles que ocupam o poder para transformar a realidade, mas que tramam, diuturnamente, trapaças para se locupletarem.

2026 vem aí, não demora não.

Vamos nos esgarçar, inclusive nos âmbitos mais íntimos, para manter tudo no mesmo lugar.

Aqui, chamamos de democracia.


terça-feira, 17 de junho de 2025

LENDAS

 

 

Tudo tranquilo. Tudo certo como dantes no quartel de Abrantes.

Tudo antigo, tanto quanto esta expressão.

Nenhum sinal de que algo, substancialmente, se altere. Nem lá, nem acolá, nem aqui, principalmente.

Guerras milenares, centenárias permanecem e outras eclodem para alegria perversa dos fabricantes, traficantes, atravessadores de armamentos.

Laboratórios produzem patologias que se ajustem aos seus medicamentos. 

As tramas ardem. 

Por aqui, nos identificam pelo CPF, explicitando um estado (assim mesmo, com “e” minúsculo para denunciar sua desfaçatez) que nos quer como meros contribuintes. 

E o Poder institucionaliza de forma Suprema aquilo que era secreto e orçava em milhões e agora bilhões. 

A corrupção endêmica se constitucionaliza.

Cidades se inviabilizam como espaço de convivência. Urbes agonizam. 

Minha cidade natal, Triste Horizonte, se engarrafa em cruzamentos traçados quando Curral Del Rei, seus milhões de veículos, mais numerosos que seus habitantes. 

A Cultura assiste ao último show de seus ícones de uma época em que as canções tinham letras e as músicas mais acordes, para nos acordar. 

É que fui, no domingo, com meus netos engrossar a bilheteria do COMO TREINAR SEU DRAGÃO. Saí de lá com a ilusão renovada. 

É possível extirpar a essência do mal.

Em duas ou três semanas a ilusão passa. Se for necessário tomo um desses comprimidinhos disponíveis ali na farmácia da esquina.

E volto ao normal. 

O real é o Real.

 


quarta-feira, 4 de junho de 2025

MARCOS

 



Escrever já esteve para mim como um passatempo.

Passou.

Agora escrevo por descuido.

Assim, de repente, uma recaída neural.

É que nada que escrevo é digno de nota, inclusive sifrãonica. E por outra, nada que circula no mercado a mim interessa. Se bem que não, até por isto mesmo ganha o meu interesse.

De por quê?

Tipo, nada causa. Tudo é nuvem. Passageira. De crimes hediondos a modas rebornicas. Não duram semanas.

O signo da efemeridade domina a espécie.

Aquela que registra o tempo de a.C/d.C. Antes do celular. Depois do celular.

Corte. TikTok.

Potencializado pelo artificialismo da inteligência. Algo rítmica.

Alucinante.

Houve um tempo de controle desta loucura, por outra: Mãe, Política e Religião.

Mãe, o Partido mais Conservador (aqui com duplo sentido) foi trabalhar fora. A Política mafiousse, não há Cosmes e Damiãos nas ruas. O Pecado foi pro saco, ninguém aqui quer que a vida seja eterna.

Hoje, o Supremo (adoro esta folia), julga o marco da infernet.

Mais um, ou outro, pico-na-veia não vai mudar em nada o delírio.

Estamos todos.

Reborns.