quarta-feira, 21 de junho de 2017

CIRURGIA




A corrupção é crime hediondo.

Não há nenhum crime, por mais cruel, que se assemelhe, em gravidade e extensão de dano, ao crime praticado pelo corruptor mancomunado com o corrupto.

A corrupção alcança destruição visceral e secular na economia, na política, na cultura e, sobretudo, na Ética de um povo.

A corrupção esfacela os projetos da sociedade elaborados em benefício do desenvolvimento do município, do estado e da federação, inviabilizando investimentos cruciais à segurança, saúde e educação dos cidadãos, além de infraestrutura, ciência e tecnologia e tantos outros indispensáveis ao presente e ao futuro do país.

A corrupção destrói a essência da democracia, que não é outra senão o anseio de cada cidadão em se fazer representar dignamente nas diversas instituições que governam e garantem o Estado de Direito.

A corrupção macula profundamente a cultura cívica de um povo, especialmente no nosso caso, pela nossa fragilidade, nossa ingenuidade e nossa ignorância secular de corações e mentes.

A corrupção é um crime hediondo e como tal deve ser tratado.

É um câncer e como tal deve ser enfrentado. Erradicá-lo é nossa maior prioridade e como tal deve ser gerida.

Penso que devemos voltar aos nossos primórdios feudais: aos criminosos hediondos a exposição pública.

Entendo que precisamos tirar uma lição definitiva do nosso martírio atual e adotar medidas exemplares reparadoras e de efeito duradouro e transformador.

Sou de opinião que devemos distinguir o criminoso corruptor e o corrupto, reservando a eles penitenciária específica e simbólica.

Devemos dar a magnitude do crime a sua exposição. O que me ocorre, portanto, é: com os recursos auferidos pela recuperação do produto dos crimes praticados (R$bilhões) seriam construídas penitenciárias em área central da federação, de cada estado e cada município para onde deveriam ser dirigidos os criminosos apenados.

Imagino, na área central de Brasília, a edificação explícita e simbólica do destino que a sociedade reservará àqueles que vilipendiaram a federação.

Imagino, próximo ao centro cívico de cada estado, a edificação explícita e simbólica do destino que a sociedade reservará àqueles que vilipendiaram ao estado e/ou sua capital.

Imagino, em cada cidade deste país, a edificação explícita e simbólica do que a sociedade reservará àqueles que vilipendiaram o seu município.

Que seja fixanda na fachada, uma placa, idealmente em neon com letras garrafais: “AQUI RESIDEM TRAIDORES DO PAÍS”.

Para que, ao passar, inúmeras vezes por este maldito lugar, jamais nos esqueçamos do que fomos capazes de fazer de nossa história.

Ao final de décadas, quando queira Deus, não se fizer mais necessária nenhuma destas edificações, elas seriam demolidas e, no seu lugar, construiríamos jardins eternos de flores e fontes de água cristalina.




Até breve.

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